São Paulo, 14 – A colheita da soja no Rio Grande do Sul atinge 5% da área cultivada até a quinta-feira, 13, conforme levantamento da Emater/RS-Ascar. No mesmo período do ano passado, 1% da área havia sido colhida, abaixo da média histórica de 8% para esta época. O ritmo de colheita reflete a irregularidade climática ao longo do ciclo, que resultou em impactos variados na produtividade das lavouras.

A produtividade média da soja foi revisada para 2.240 kg/ha, uma queda expressiva ante os 3.179 kg/ha estimados no início do ciclo. A área cultivada também sofreu um ajuste, passando de 6.811.344 hectares para 6.729.354 hectares (-1,2%), devido a dificuldades na implantação dentro da janela recomendada.

A colheita avança de forma desigual entre as regiões. Na Fronteira Oeste, em Maçambará, apenas 2% dos 54.880 hectares foram colhidos, com rendimentos entre 500 e 1.000 kg/ha. Em Manoel Viana, a colheita atingiu 1% da área total. Na região administrativa de Santa Maria, 7% da área já foi colhida, com perdas expressivas de até 57% em Santiago. Em São Francisco de Assis, 25% das lavouras foram colhidas, mas os rendimentos seguem abaixo do esperado. Na região de Soledade, a colheita avançou para 4%, com grande variação nos resultados.

Já a colheita do milho no Rio Grande do Sul avançou para 69% da área cultivada, mantendo um ritmo superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando 66% da safra já havia sido retirada do campo. A produtividade média foi reestimada para 6.866 kg/ha, uma redução de 3,5% em relação à projeção inicial de 7.116 kg/ha. Ainda assim, os rendimentos seguem 21,6% superiores aos da safra passada (5.646 kg/ha).

Nas regiões produtoras, Passo Fundo tem 80% das lavouras colhidas, com produtividade estimada em 8.779 kg/ha. Em Ijuí, onde a colheita chegou a 96%, os rendimentos estão em 8.683 kg/ha. Na região de Santa Rosa, 92% das lavouras foram colhidas, com produtividade média de 7.231 kg/ha. Em Caxias do Sul, a colheita avança mantendo altos rendimentos, enquanto em Santa Maria as perdas são mais expressivas, especialmente em São Vicente do Sul e Restinga Seca, onde a quebra de safra chega a 70%.