São Paulo, 10 – Chuvas mais bem distribuídas no fim de março fizeram com que lavouras de soja, em especial as semeadas mais tarde, se recuperassem do efeito da estiagem no Rio Grande do Sul, segundo a Emater. “As precipitações também colaboraram para a uniformização da maturação, mas não prejudicaram a colheita, que evoluiu rapidamente de 8% para 18% da área cultivada no Estado. Porém, mesmo com esse avanço, persiste o atraso em relação às safras passadas”, disse em nota. A área cultivada com soja no Estado é de 6.513.891 hectares. A produtividade atual é estimada em 2.175 kg/ha, 30% abaixo do potencial produtivo inicial.

Conforme a Emater, os resultados obtidos continuam muito variáveis entre as diferentes regiões do Estado: em lavouras lesadas na Fronteira Oeste, a produtividade é de 180 kg/ha, o que, segundo a empresa, “não cobre os custos de colheita”; e em parte das lavouras nos Campos de Cima da Serra, a produtividade se aproxima de 4.000 kg/ha, sem variação sobre a expectativa inicial.

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Em relação ao milho, a colheita atinge 80%, com produtores mais dedicados à retirada da soja do campo. “A ocorrência de chuvas no Estado, de forma mais abrangente e em significativos volumes pluviométricos, melhorou o ambiente de condução das lavouras semeadas mais tardiamente. Em relação ao aspecto visual, percebe-se a coloração verde mais escura das plantas, gerando boas expectativas de produtividade.”

A área cultivada com milho no Rio Grande do Sul é de 810.380 hectares. A produtividade atual está estimada em 4.440 kg/ha, redução de 39,49% em relação à projeção inicial.

A colheita de arroz alcança 62%. As lavouras em maturação representam 31% da área restante. A área cultivada está estimada em 889.549 hectares. A produtividade estimada é de 7.744 kg/ha, redução de 5,86%.