16/03/2021 - 10:26
Começou às 10h10 (de Brasília) a reunião de Análise de Mercado do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Na tarde desta terça-feira, 16, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e os diretores da instituição ainda participam da reunião de Análise de Conjuntura, também no âmbito do Copom. Na quarta-feira, 17, eles têm mais uma rodada de discussões antes de indicarem o novo patamar da Selic (a taxa básica de juros), atualmente em 2,00% ao ano.
Em meio à aceleração da inflação dos alimentos e dos combustíveis, a expectativa da maior parte do mercado financeiro é de que a Selic será elevada na quarta. Se confirmada, esta será a primeira alta da taxa básica de juros desde julho de 2015.
De um total de 54 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast na última semana, 52 esperam pela alta da Selic. Para 48 delas, a elevação será 0,50 ponto porcentual, para 2,50% ao ano, enquanto três apostam em uma alta de 0,25 p.p.
Para o fim de 2021, as casas esperam desde uma Selic em 3,00% até um aumento dos juros a 6,00% ao ano. A mediana é de 4,50%.
Em janeiro, ao manter a Selic em 2,00% ao ano, o Copom preparou o terreno para a elevação dos juros em 2021. Isso porque a instituição deu fim ao chamado forward guidance (ou prescrição futura, na tradução do inglês).
Adotado em agosto de 2020, o forward guidance era uma indicação técnica do BC de que não pretendia elevar os juros se a inflação seguisse sob controle e o risco fiscal não se alterasse.
O problema é que, nos últimos meses, a inflação ao consumidor está mais salgada, puxada por aumentos de preços em itens como alimentos e energia.