Começou às 10h14 (de Brasília) desta quarta-feira, 7, a terceira e última parte da reunião de análise de conjuntura do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que foi iniciada na terça-feira, 6. Na sequência, à tarde, o presidente do BC e os diretores da instituição têm mais uma rodada de discussões para tomar a decisão sobre a taxa Selic, que será anunciada a partir de 18h30.

O diretor de Regulação do BC, Otávio Damaso, não está participando deste encontro do colegiado devido à morte de um familiar de primeiro grau.

O mercado financeiro espera que o Copom mantenha os juros básicos pela terceira vez seguida em 13,75% ao ano, taxa alcançada no encontro de agosto, no ciclo de aperto monetário mais longo da história do comitê. Segundo pesquisa realizada pelo Projeções Broadcast, de 48 instituições financeiras consultadas, 46 esperam estabilidade da Selic em 13,75% e duas casas esperam elevação da taxa para 14%.

O ciclo da Selic voltou à discussão diante dos planos de aumento de gastos do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que pode afetar a inflação futura devido ao estímulo ao consumo e também pelo canal de deterioração de ativos, como o dólar. Na curva de juros, há precificação de novos aumentos de juros, enquanto no Boletim Focus o mercado aposta majoritariamente, por enquanto, no adiamento dos cortes, com uma taxa terminal mais alta no fim do ano que vem.

Em outubro, última reunião do Copom, a autoridade monetária voltou a indicar a estabilidade da Selic em 13,75% por “período suficientemente prolongado”. Mas também manteve o alerta de que, caso a desinflação não ocorra como o esperado, os juros podem voltar a subir.