No dia 18 de novembro, será realizado em São Paulo, o workshop Resistência: Impactos Econômicos na Agricultura e Construção de uma Proposta de Manejo. O evento é uma iniciativa dos três comitês brasileiros de ação à resistência a inseticidas, fungicidas e herbicidas (IRAC-BR, FRAC-BR e HRAC-BR).

A ideia do workshop surgiu da constatação de que os casos de resistências relatados, via de regra, são resultados de práticas agrícolas inadequadas, como, por exemplo, a não observância das normas de refúgios em cultivos Bt ou de vazios sanitário, o uso de tecnologia de aplicação inapropriada ou a aplicação repetida de produtos com mesmo modo de ação. O objetivo do workshop é formular alternativas para melhorar este cenário, além de conscientizar o público sobre a importância da garantia de adoção de práticas agrícolas adequadas.

Segundo Thiago Oliveira, presidente do HRAC-BR, a expectativa é de que no evento sejam revisados conceitos ligados ao manejo de resistência, focando na rotação de mecanismos de ação, além de prover a sustentabilidade do funcionamento destes mecanismos. “A princípio, não existe uma proposta a ser concretizada, queremos discutir com profissionais da área para traçar uma estratégia de manejo, com vistas a dar maior sustentabilidade às tecnologias existentes”, pondera Oliveira.

Para o presidente do IRAC-BR, Fábio Andrade Silva, a expectativa é de que o evento aproxime-se dos agentes envolvidos no processo de manejo e da sociedade em geral. O intuito é de que a população tenha conhecimento de que as boas práticas são a chave para evitar problemas relacionados à resistência. “Que todos nós sejamos porta-vozes da relevância das boas práticas no dia-a-dia”, destaca Silva. Fábio ressalta ainda que o papel do evento é de conscientização e que a proposta de manejo está diretamente associada à adoção de estratégias de combate à resistência não só por parte da indústria, mas de toda a população.

A problemática assume importância ainda maior quando se lembra que o leque de tecnologias disponíveis para controle é finito e que os custos e o tempo necessários para desenvolver e registrar uma nova tecnologia têm aumentado. “É fundamental que haja políticas públicas e o comprometimento de produtores, extensionistas e responsáveis técnicos para a preservação das tecnologias registradas no Brasil”, comenta Ronaldo Rodrigues, presidente do FRAC-BR.

Ao final do evento, será elaborada uma agenda conjunta para a efetiva adoção de boas práticas agrícolas. O evento é destinado a produtores, pesquisadores, R&D de indústrias, consultores, extensionistas, jornalistas, fiscais agropecuários, entidades de representação e interessados em geral. Fonte: Ascom.