Tecnologia e produtividade são palavras que se completam no campo. Quem quer se manter forte no setor agrícola precisa se modernizar e nesse quesito a aquisição de um bom trator pode fazer a diferença no dia-a-dia da propriedade. A grande dúvida nesse ponto é como viabilizar a compra desse tipo de equipamento. Nos últimos anos as linhas de financiamento para aquisição de tratores vêm sendo ampliadas para atender à crescente demanda. Para se ter idéia, no plano safra 2008/2009 cerca de R$ 3 bilhões foram destinados ao Moderfrota, principal linha de financiamento de máquinas do País. A estimativa é de que até agora cerca de R$ 2 bilhões já tenham sido desembolsados. “Grande parte das máquinas de 20 anos atrás foi substituída graças ao Moderfrota. É a grande contribuição desse programa”, comenta o vice-presidente da Anfavea, Milton Rego.

Com nove anos de existência, o Moderfrota disponibiliza aos produtores duas linhas de crédito. A primeira, destinada a pequenos produtores, possui taxa de 7,5% ao ano e prazo de até 72 meses para pagar. Nesse sistema o limite estipulado é de até R$ 100 mil. Entre as principais exigências para se enquadrar nessa linha estão a renda bruta anual até R$ 250 mil e propriedade com no máximo 15 módulos rurais (ver quadro). “Para quem está fora dessas condições, os juros são de 9,5% ao ano”, completa. Nessa taxa é financiado até 90% do valor do equipamento.

Uma outra boa opção para a agricultura familiar é o Programa Mais Alimentos, desenvolvido pelo governo federal. Criado há pouco mais de seis meses, o programa financia tratores de 9CV até 75 CV, com prazos e condições diferenciados. “É um modelo que oferece juros baixos, crédito barato, prazo mais longo e preços menores”, explica o secretário de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Adonilan Sanches.

Os tratores são financiados a juros de 2% ao ano, com prazo de até dez anos e mais três anos de carência. Além disso, um acordo feito entre MDA e Anfavea garante uma redução de 16% no preço desses tratores de pequeno porte. Para se enquadrar dentro do programa, que estabelece um limite de até R$ 100 mil, o produtor precisa ter renda bruta de até R$ 110 mil e ter uma área de até quatro módulos rurais.

“Queremos acelerar a modernização da agricultura familiar, que possui um passivo tecnológico muito grande. Com mais tecnologia, poderemos aumentar a produtividade e elevar a produção de alimentos”, afirma Sanches.

Segundo o superintendente da Unidade de Negócios da AGCO Finance, braço financeiro da AGCO, Eduardo Bresolin, o produtor precisa estar atento para optar pelo plano que melhor se enquadre a sua realidade. “Tentamos sempre adequar o plano ao produtor para que ele consiga fechar o negócio.” Bresolin conta que há linhas de crédito variadas. “Temos o Finame, destinado para companhias agrícolas, com juros de 10,75% ao ano e pagamento em 60 meses”, exemplifica.

Há ainda linha exclusiva para equipamentos importados, que não são financiados pelo Moderfrota, em que a taxa de juros é de 1,75% ao mês. Além de uma linha de financiamento indexada ao dólar, com taxas de juros de 10,5 % ao ano, mais a variação cambial. “Essa linha é indicada para quem possui os ganhos de sua produção indexados ao dólar.”

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