A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou nesta segunda-feira (1º), no Rio Grande do Sul, a destinação de R$300 milhões para operações de Contratos de Opção de Venda (COV) de arroz, segundo comunicado da estatal nesta segunda-feira.

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Com os recursos, será possível garantir contratos para aproximadamente 200 mil toneladas da safra 2025/2026, em medida que visa apoiar os produtores. O Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz no Brasil.

O COV funciona como um seguro de preços ao produtor. O produtor que adquire contratos garante o direito — e não a obrigação — de vender arroz ao governo por um valor previamente fixado, com o objetivo de estimular a produção. Dessa forma, são formados estoques públicos.

“É a mão amiga do governo federal sinalizando, antes mesmo da semeadura, a opção de venda por um preço que viabiliza economicamente o cultivo de arroz…”, disse o presidente da estatal, Edegar Pretto, durante a 48ª Expointer, tradicional feira do setor que acontece em Esteio (RS).

Caso o mercado ofereça um preço mais vantajoso no momento da venda do produto, o agricultor que adquiriu COVs em leilão poderá optar por não executar o contrato com a Conab, sem custos adicionais, e aproveitar o melhor preço.

Os detalhes da operação, como os preços a serem pagos aos produtores e as datas de negociação e vencimento dos contratos, serão definidos pelo governo federal e publicados em portaria Interministerial e editais da Conab.

Outros apoios ao setor de arroz

Esta é a terceira rodada de COV lançada pela Conab em apoio aos produtores de arroz em menos de um ano, destacou a estatal.

No final do ano passado, o governo federal lançou uma primeira rodada de leilões de COV, na qual foram negociados cerca de 91,7 mil toneladas de arroz, com uma parte já sendo incorporada aos estoques públicos.

Em junho deste ano, a Conab lançou uma segunda rodada de COV, cujos preços sinalizados pelo governo foram de cerca de R$74. Foram negociados contratos para quase 110 mil toneladas.

Os estoques públicos formados com o arroz adquirido pelo governo podem ser usados em situações de crise, evitando oscilações bruscas de preços aos consumidores.