A Yara, empresa do setor de fertilizantes, está promovendo hoje 11 e amanhã, em Atibaia (SP), a 1ª Conferência Internacional de Café. O evento está dividido em quatro painéis. O primeiro discute o mercado e as tendências para a cultura do café. O segundo trata das mudanças climáticas, com destaque para a palestra “Como o Acordo de Paris irá impactar no setor de café”. Os painéis previstos para amanhã vão abordar a nutrição de plantas e o mercado dos cafés especiais.

Para o presidente da empresa Lair Hanzen, apesar dos desafios atuais da economia mundial, o mercado para o grão é desafiador. “A demanda por café é crescente, principalmente nas economias emergentes”, afirmou Hanzen. “Há um processo de urbanização e uma mudança de hábiro, no qual o café deixa de ser uma bebida básica para ser um estilo de vida.” Para a safra 2015/2016, a Organização Internacional do Café (OIC) estima uma produção de 143,4 milhões de sacas de 60 quilos, 1,4% acima da safra anterior. Atualmente, a demanda mundial é de 150 milhões de sacas, mas em 2015 ela será de 185 milhões.

De acordo com Vanusia Nogueira, diretora da  Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), o mercadp dos cafés de qualidade é muito recente no País, começou na década de 1970. “Em relação à Colômbia, por exemplo, estamos 20 anos atrasados”, diz Vanusia. Atualmente, a entidade representa 50 mil produtores e de 25% a 30% do café exportado. Para ela, é preciso mais parcerias e um movimento de formação de marcas. “Somos um País muito complexo, mas o mundo olha para o Brasil como um ambiente para se fazer negócios.”