31/12/2013 - 6:41
No dia 14 de novembro, o empresário Wesley Batista, presidente da JBS, disse que a companhia controlada por sua família pretende alcançar, em 2014, um faturamento de R$ 120 bilhões, durante uma reunião com investidores em São Paulo. “Estamos confiantes de que a JBS tem potencial para isso.” Em 2012, a empresa registrou uma receita líquida de R$ 76 bilhões e, neste ano, deve fechar a conta em R$ 100 bilhões. “Nosso foco é vender produtos com maior valor agregado e marca, para expandir as nossas margens de lucro”, disse Batista.
Por trás dos números e projeções, a maior empresa de proteína animal do mundo conta com o desempenho dos pecuaristas para lhe entregar boi gordo de qualidade, foco principal dos negócios da JBS. Ou também bois magros e bezerros para abastecer seus confinamentos. Em sete unidades confinadoras, a JBS tem engordado acima de 210 mil animais por ano no País. Em função do trabalho pelo sistema de engorda intensiva, a JBS foi a mais bem colocada na categoria Confinamento de Frigorífico no prêmio AS MELHORES DA DINHEIRO RURAL.
O prêmio foi obtido pelo desempenho na unidade localizada no município de Castilho, no interior paulista, comprada em 2007. Ela é a maior das operadas pela JBS, com capacidade para terminar 50 mil animais em um único giro de engorda. Entre as vantagens oferecidas aos pecuaristas que entregam seus animais à JBS, estão o financiamento do capital de giro do pecuarista, a antecipação dos recebíveis e a habilitação dos produtos para exportação. Mas, mais do que mostrar as vantagens do confinamento, a JBS pode quebrar um paradigma no setor, que sempre investiu na engorda intensiva apenas no período de seca do ano. “Os produtores podem, sim, engordar bois o ano todo. É o futuro do negócio”, diz Batista. “Nós fazemos isso desde que começamos a confinar bois, há quase uma década.”
A capacidade atual de confinamento no Brasil é de cerca de 5 milhões de animais, de um rebanho comercial de aproximadamente 200 milhões. Atualmente, um número cada vez maior de especialistas compartilha a posição de Batista, baseado em um estudo minucioso de gestão de custos. “O sistema de confinamento faz parte de um modelo de pecuária que vai evoluir muito no País”, diz Batista. “E se há uma possibilidade de que todos os confinamentos funcionem durante o ano todo, significa que estávamos no caminho certo desde o início.”