Durante o 13º Congresso Brasileiro do Agronegócio, promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), no próximo dia 4 de agosto, será debatido um documento, denominado Agronegócio Brasileiro 2014-2022 – Proposta de Plano de Ação aos Presidenciáveis. Elaborada por um grupo de técnicos da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e coordenada pelo ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, a proposta está baseada em cinco princípios: sustentabilidade da produção, competitividade, produção orientada para os mercados, segurança jurídica e governança institucional.

Alguns dos princípios contidos na proposta detalham necessidades ligadas à maior oferta de crédito e financiamento para investimento e capital de giro; desenvolvimento de mecanismos de seguro contra quebra de produção e queda
acentuada de preços; uma atuação mais agressiva na celebração de acordos comerciais; desoneração tributária e ampliação da malha de infraestrutura de transporte e logística.

O estudo da FGV preconiza também maior segurança jurídica, capaz de garantir o direito de propriedade privada e, em decorrência, criar um ambiente favorável a investimentos e incentivar o empreendedorismo. Traduzido em ações, isso significa simplificar e aplicar a legislação agrária, ambiental e trabalhista, com base em critérios técnicos, condizentes com as características do agronegócio. Todas essas questões serão debatidas no painel denominado  Agronegócios e os Presidenciáveis, contendo o posicionamento virtual, em vídeo, dos três principais candidatos à Presidência melhor cotados nas pesquisas eleitorais. O moderador desse painel será o jornalista William Waack, assim como a coordenação feita pelo ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócio da FGV-GVAgro,  contando ainda com as presenças de representantes dos três candidatos melhor posicionados nas pesquisas eleitorais.

O congresso será aberto com uma palestra do economista Samuel Pessoa, pesquisador da FGV, que tratará do tema central do evento: Agronegócio Brasileiro: Valorização e Protagonismo. Na sequência, haverá o painel 1 sobre Agronegócio e as Novas Mídias, que será apresentado pelo jornalista Rodrigo Mesquita e debatido pela professora Elizabeth Saad Corrêa, da Escola de Comunicação e Artes, da USP; e pelo engenheiro Demi Getschko, professor da PUC-SP. O painel será coordenado pelo jornalista Heródoto Barbeiro.

Encerrando os trabalhos na parte da manhã, serão entregues os prêmios Norman Borlaug e Ney Bittencourt de Araújo. O primeiro será concedido este ano ao presidente do Conselho da Agroceres, Urbano Campos Ribeiral; e o segundo para João Paulo Koslovski, presidente do Sistema Ocepar – Organização das Cooperativas do Paraná.

Na parte da tarde, o diretor do Núcleo de Agronegócio da ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing, José Luiz Tejon apresentará a pesquisa de opinião Agronegócio e a Sociedade. Nesse painel atuarão como debatedores,
os cientistas políticos Bolívar Lamounier, sócio-diretor da Augurium Consultoria e Christian Lohbauer, diretor de Assuntos Corporativos da Bayer. O painel será coordenado pelo presidente da Abag, Luiz Carlos Corrêa Carvalho e contará com a moderação do jornalista William Waack. 

Promovido desde 2002, o Congresso da Abag, na edição do ano passado, contou com a presença de aproximadamente 700 participantes na plateia, além de 90 jornalistas de todo o País. Cerca de 8 mil pessoas assistiram aos painéis e participaram dos debates por meio da transmissão ao vivo feita via web.