O consórcio liderado pela francesa Total Energies (30%) e integrado pela Petronas (20%) e QatarEnergy (20%) arrematou na manhã desta sexta-feira, 16, o bloco Água Marinha, na Bacia de Campos. A Petrobras exerceu a preferência para operar o bloco e vai participar com o mínimo previsto em lei, de 30%.

Este foi o primeiro de 11 blocos do pré-sal a ser leiloado em certame conduzido pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta sexta.

O consórcio vencedor ofereceu à União um porcentual de 42,4% do “óleo-lucro” ou excedente em óleo da produção do campo, maior que o mínimo de 13,23% exigido no edital.

A oferta vencedora derrotou a feita pelo consórcio formado por Petrobras e Shell, que ofereceu 39,5% do óleo lucro.

Após abertura dos envelopes, foi aberto um período de 30 minutos para a Petrobras decidir se integraria o consórcio vencedor, o que aconteceu.

O “óleo-lucro” ou excedente em óleo é a parcela da produção de petróleo e gás natural a ser repartida entre a União e a empresa vencedora do leilão e equivale à diferença entre o volume total da produção e as parcelas relativas aos royalties devidos, custos e investimentos necessários à operação do campo.

Além dessa parcela da produção futura de Água Marinha, as quatro empresas do consórcio deverão pagar à União, no momento da assinatura do contrato, um bônus pré-fixado de R$ 65,4 milhões.

Água Marinha tem área de 1,3 mil quilômetros quadrados e “elevado potencial” para descobertas de petróleo e gás natural, segundo informado pela ANP para todos os blocos oferecidos. A agência exige que o programa exploratório mínimo, com perfuração de ao menos um poço, seja executado dentro de sete anos.