Durante a Cúpula das Nações Unidas para o Clima (COP27), no Egito, líderes empresariais pressionaram por ações específicas para combater as mudanças climáticas e pediram políticas mais claras para apoiar as iniciativas dos governos sobre o tema. Principais executivos de 101 empresas assinaram uma carta aberta na semana passada pedindo aos governos e empresas que apoiem as soluções existentes para cumprir as metas do Acordo de Paris, de 2015, que visa manter o aquecimento global abaixo dos dois graus Celsius até o final do século.

O Fórum Econômico Mundial publicou a carta, que traz assinaturas de CEOs da Nestlé, Dell, PepsiCo, H&M, HSBC, Unilever e LEGO, entre outros C-leaders de várias indústrias. Representantes das principais empresas produtoras de petróleo e gás não assinaram. “As metas do governo, políticas de apoio e planos de transição podem dar clareza, previsibilidade e alimentar um cenário de incentivo para empresas agirem e fazerem investimentos alinhados à transição”, disseram os CEOs.

Os executivos disseram que os governos devem simplificar as regulamentações para acelerar o licenciamento de infraestrutura sustentável e os gastos com pesquisa e desenvolvimento. Mais incentivos, como subsídios, são vistos como necessários para geração de energia renovável, fomentar a reciclagem e zerar as emissões de carbono. Os CEOs também pediram que os governos taxem as emissões e eliminem gradualmente os subsídios aos combustíveis fósseis, ao mesmo tempo em que apoiem o treinamento de trabalhadores dos setores afetados pela transição energética, declararam os CEOs.

Do lado dos negócios, a carta aberta pediu que mais empresas estabeleçam metas de emissões baseadas na ciência, alinhadas com o Acordo de Paris. O pedido cobrou ainda que empresas dos diversos setores se ajudem no desenvolvimento de padrões de relatórios de sustentabilidade. O apelo vem num momento em que empresas trabalham cada vez mais unidas para encontrar soluções economicamente viáveis que possam ser ampliadas.