A Corteva Agriscience, produtora de insumos e soluções digitais para o agronegócio, anunciou hoje (12) que se tronou uma das empresas mantenedoras do Cubo Itaú, hub de fomento ao empreendedorismo. A parceria visa estabelecer conexões com startups de diferentes setores para desenvolver tecnologias e inovar o setor agro.

O objetivo é beneficiar produtores rurais, canais de distribuição, cooperativas e outros elos da cadeia. Em sua primeira fase, a Corteva terá como foco três desafios vivenciados pelo setor: o acesso ao crédito, utilização de barter (mecanismo de financiamento no qual o pagamento pelo insumo é feito por meio da entrega do grão na pós-colheita) e a capacitação de pequenos agricultores.

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Segundo o diretor de marketing da Corteva Agriscience, Douglas Ribeiro, com a parceria, a empresa deseja entrar em contato com inovações adotadas em outros setores que possam ser aplicadas no agronegócio.

“A ideia é estar em um ambiente que não é unicamente agrícola. O setor não pode se isolar e, para nós, essa parceria será uma forma de encontrar soluções rápidas para os nossos principais problemas”, ressaltou Ribeiro, durante evento Conexão Criativa, no Cubo, na manhã de hoje (12).

Atualmente, o Cubo conta com 16 setores e a parceria com a Corteva inclui o agronegócio no hub. De acordo o co-head do espaço, Pedro Prates, a novidade oferece a possibilidade de expandir a atuação de startups do segmento.

“Acreditamos que a Corteva terá o papel educacional de mostrar para o empreendedorismo as oportunidades que existem no campo. Essa parceria é estratégica para fortalecer o desenvolvimento de agtechs no País. É um cenário novo para o hub e queremos criar conexões assertivas e de importância para o cenário nacional e mundial”, pontuou Prates.

Entre os objetivos da Corteva com a parceria é dar escala a um projeto social-econômico chamado Prospera, que tem como objetivo capacitar pequenos agricultores, que trabalham com milho (grão) e silagem. O programa começou em 2017, em Pernambuco, com um grupo de 45 participantes. Em 2019, a inciativa já atendeu 927 participantes.

“Queremos redesenhar esse projeto com o Cubo, então será um ano de transição. Para 2020, teremos entre 200 a 300 novos produtores nos treinamentos de capacitação. No entanto, nossa meta é alcançar 50 mil produtores até 2025”, anunciou Ribeiro.

Coronavírus e o agronegócio

Quando questionado sobre a crise causada pelo novo coronavírus, o diretor da Corteva afirma que ainda é muito cedo para dizer o quanto o vírus irá influenciar o setor. “A maioria dos insumos que precisamos para essa safra já está no Brasil. Acredito que ainda não conseguimos mensurar como isso pode afetar o setor. Mas o agronegócio tem uma grande capacidade de adaptação e iremos superar esse problema”, finalizou Ribeiro.