20/06/2020 - 7:14
A defesa de Fabrício Queiroz, apontado pelo Ministério Público do Rio como “operador financeiro” do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) entrou com habeas corpus ontem. O advogado Paulo Emílio Catta Preta pede que ele vá para prisão domiciliar em razão de seu estado de saúde – Queiroz se recupera de um câncer. A defesa também questiona a necessidade de mantê-lo preso sob o argumento de “ameaça às investigações”.
Preso anteontem em Atibaia, no interior de São Paulo, e transferido para o Rio no mesmo dia, Queiroz está isolado em uma cela de seis m² no Presídio Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, onde ficará por 14 dias. O isolamento se deve ao protocolo de segurança para evitar a propagação do coronavírus. Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), Queiroz “passa bem”.
Ao pedir a prisão preventiva, o MP do Rio solicitou à Justiça que encaminhasse Queiroz para Bangu, e não para o Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar do Rio. A Promotoria viu “risco iminente” de que Queiroz continuasse a praticar delitos se fosse custodiado no BEP.
Em agendas apreendidas na casa onde Queiroz foi preso havia anotações com nomes de “policiais militares e federais que, aparentemente, poderiam, em tese, facilitar sua vida” no presídio. Nos papéis, havia as anotações “Leonardo policia”, “Aroldinho policial federal”, “B.E.P”, “amigo do Queiroz”, e “Aroldinho pode chegar até o Queiroz caso seja preço (sic)”.
O juiz Flávio Nicolau, da 27ª Vara Criminal da Capital, levou em consideração os apontamentos da promotoria ao determinar o local do cumprimento da prisão.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.