As exportações brasileiras de café atingiram um total de 4,29 milhões de sacas em março, um aumento de 37,8% em relação ao mesmo período de 2023. O número foi um novo recorde para o mês e também houve máxima histórica para o primeiro trimestre, segundo a Cecafe.

De acordo com levantamento da Hedgepoint Global Markets, o desempenho positivo refletiu um aumento das exportações de arábica e, especialmente, de robusta/conilon, que também atingiram um máximo histórico de 846.700 sacas em março, um aumento de mais de oito vezes na comparação com março de 2023. O aumento das exportações também têm contribuído para a sustentação dos preços locais.

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Os números mais altos do robusta/conilon eram esperados após as quedas significativas nas exportações vietnamitas e indonésias. No Vietnã, o clima adverso afetou a safra 22/23, e, em 23/24, os cafeicultores reduziram a área cultivada de café. Na Indonésia, a redução se deve principalmente à redução das chuvas em 23/24.

“Embora os grãos brasileiros estejam satisfazendo a atual demanda de robusta, ainda há preocupações quanto ao equilíbrio global da variedade no ciclo 24/25. A precipitação, em especial no Vietnã, tem sido escassa nos últimos meses, o que levou a uma menor umidade do solo no país asiático e aumentou as preocupações quanto ao desenvolvimento da safra 24/25. Esta situação também levou os produtores vietnamitas a reduzirem suas vendas, preocupados com o impacto de um potencial seca na oferta, mantendo o suporte sobre os preços do robusta”, explicou Laleska Moda, analista de Café da Hedgepoint.