As escolas municipais de São Paulo retomam as aulas presenciais nesta segunda-feira, 15, depois de 329 dias de ensino remoto. As instituições de ensino fecharam as portas em março do ano passado e, deste então, só puderam receber alunos para atividades extracurriculares. Professores da rede estão em greve desde a semana passada e pedem que as aulas continuem a distância.

A Secretaria Municipal de Educação estima que cerca de 3,5 mil escolas, 92% do total, vão reabrir no dia marcado. Segundo a pasta, as demais ainda não estão totalmente preparadas e devem retomar as atividades presenciais até o dia 1º de março.

Por enquanto, o retorno às salas de aula é opcional aos mais de um milhão de alunos da rede municipal. Uma consulta feita pela Prefeitura com os responsáveis pelos estudantes mostrou que 66% deles são favoráveis ao retorno das atividades presenciais. Aqueles que preferirem não frequentar o ambiente escolar devem fazer as atividades na plataforma Google Sala de Aula ou em outros meios disponíveis.

As escolas não podem ultrapassar 35% da capacidade de atendimento de cada turno e, por isso, deve haver revezamento entre os alunos. Essa organização ficará a critério de cada unidade. Nos dias em que o estudante não puder frequentar as aulas presencialmente, deverá fazer as atividades de forma remota.

A Prefeitura informou que vai distribuir kits de higiene pessoal aos alunos com máscaras, caneca e sabonete líquido. A limpeza das instituições de ensino também deve ser reforçada, assim como o distanciamento entre as classes.

Greve

As cinco entidades de representação dos professores da rede municipal – Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo (Aprofem); Sindicato dos Educadores da Infância (Sedin); Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep); Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo; e Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem) – estão em greve desde o último dia 10.

Os educadores pedem, entre outras coisas, que seu trabalho continue remoto e que haja vacinação para todos os profissionais de educação. Também reivindicam testagem em massa, equipamento de proteção individual “de qualidade” e suporte social às famílias dos estudantes.