Após confirmar o nome do ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), José Múcio Monteiro, como ministro da Defesa em seu governo, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse que terá uma reunião ainda nesta sexta com ele para começar a definir os nomes dos próximos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica. Questionado se o critério de antiguidade deve ser seguido, Lula apenas respondeu que o critério serão “os melhores nomes” para cada Força.

“Tenho certeza que ele dará conta do recado e de que as forças irão cumprir sua função principal, que é cuidar da segurança do País. Múcio vai escolher os melhores comandantes para Marinha, Aeronáutica e Exército. Não posso falar porque homem ainda não escolheu, mas o critério será os melhores”, afirmou, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição em Brasília. “Múcio vai conversar e escolher comandantes e vai levar para eu dizer se aceito ou não. Costumo trabalhar com geração de confiança. Quando confio em alguém, eles terão liberdade para fazer coisas até me provarem o contrário”, completou.

Lula voltou a dizer que teve uma “relação extraordinária” com as Forças Armadas nos oito anos que foi presidente e relatou a compra de aviões e equipamentos para os militares naquele período. “Nunca me criaram problemas. Fui o presidente que mais recuperou as condições econômicas das Forças Armadas, nunca Exército, Marinha e Aeronáutica receberam tanta ajuda de um governo”, repetiu.

Ele ainda alfinetou parte dos militares que apoiam o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) ao dizer que as Forças Armadas “não foram feitas para fazer política e terem candidatos”. “As Forças Armadas têm um papel constitucional importante, de cuidar da soberania nacional e proteger o País de possíveis e eventuais inimigos externos. Quem quiser ser candidato que se aposente”, acrescentou.