São Paulo, 29 – Em defesa ao combate ao desmatamento ilegal, o ex-governador de São Paulo e candidato a vice-presidente na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB), disse nesta quinta-feira, 29, que desmatamento não é feito pelo agricultor. “É uma vergonha o que está ocorrendo na Amazônia. É uma ação rápida e acho que dá para melhorar muito. O desmatamento não é feito pelo agricultor. É feito por grileiro de terra”, afirmou durante sabatina realizada pela Folha e UOL.

Alckmin afirmou também que a questão ambiental é central no programa de governo do ex-presidente Lula. “A questão das mudanças climáticas é central para o planeta. Esse é um compromisso do presidente Lula. Ele tem sido incisivo nisso e Marina Silva faz parte da nosso a frente como candidata pela Rede”, afirmou. Alckmin também citou a necessidade de monetização da biodiversidade fornecendo renda à população da Floresta Amazônica.

Considerado um interlocutor de Lula com o agronegócio, o ex-governador atribuiu a resistência do setor a Lula à falta de diálogo. “Houve um pouco de falta de diálogo, mas já está mudando a resistência do agro”, afirmou. Sobre a mudança, ele citou a adesão de ruralistas à chapa petista, entre eles o deputado federal Néri Geller (PP-MT), vice-presidente da bancada ruralista, e o senador licenciado Carlos Fávaro (PSD-MT). “É outro momento até porque não se pode desapropriar terras”, afirmou.

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Em tentativa de aproximação com o setor, Alckmin citou uma série de ações e medidas do governo Lula para o agro. Entre elas, os juros atrativos para financiamento de máquinas agrícolas e armazenagem e o crescimento da produção agrícola no período. “Lula vai garantir mercados. Estamos muito dependentes da China”, afirmou.

Na relação entre agronegócio e meio ambiente, Alckmin apontou que há protecionismo pela questão ambiental que pode afetar o setor. “Boa parte do agro já percebeu que a destruição da Amazônia, que não é feita pelo agricultor, pode acabar prejudicando as exportações brasileiras”, argumentou.