Nesta segunda-feira, 20, é comemorado o Dia Mundial do Queijo. Para que o alimento chegue nas casas dos brasileiros, é preciso que ele passe por rigorosos procedimentos que garantam um padrão de qualidade e segurança para o seu consumo. 

A primeira verificação é na origem, com a análise do leite cru e de outros ingredientes e insumos. Ele precisa estar livre de antibióticos, no nível correto de acidez e com as características físico-químicas exigidas. Depois, há a análise dos parâmetros térmicos, ou seja, a pasteurização. E, a partir disso, a produção da massa, prensagem, formato, salga e maturação. 

Também são avaliadas as condições do estabelecimento, como temperatura da câmara fria e a proteção da embalagem, para evitar qualquer risco de contaminação do alimento. Nos casos de queijos que possuem adição de fungos, como o gorgonzola e o azul, os auditores fiscais federais agropecuários verificam as condições de inoculação e proliferação, a temperatura e o tempo para atuar e criar o sabor, cor e odor específicos do produto.

Indicação Geográfica

A Indicação Geográfica é uma prática comum a muitos produtos internacionais: somente os espumantes de certa região francesa podem ser chamados de Champagne, por exemplo. Além de uma indicação de procedência, trata-se de um diferencial competitivo para os produtores da região.

No Brasil, existem cinco queijos com indicação de procedência, três deles em Minas Gerais: o do Serro, o da Canastra e o do Cerrado Mineiro. Há ainda o de Marajó (PA) e o de Autazes (AM).

“A indicação de procedência se refere a um produto específico de determinada região do país, que se tornou famosa pela procura e pela qualidade”, afirmou o auditor fiscal federal agropecuário aposentado, José Luiz Ramos.

Os queijos ainda podem ter uma denominação de origem, que vincula produto a condições climáticas ou do processo produtivo de uma região. É o caso do queijo Serrano, produzido em Campos de Cima da Serra, nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. “É um produto que só pode ser produzido em uma determinada região porque demanda aspectos da natureza, do saber fazer e do processo produtivo que não pode, por condições climáticas, hidrológicas ou por características de alimentação dos animais, ser produzido em outras localidades”, explica o especialista.