10/10/2016 - 14:52
A pecuária brasileira dobrou seu rebanho nos últimos 36 anos, passando de 102,5 milhões de cabeças para 204 milhões. No mesmo período as pastagens diminuíram 8%, ou seja, no passado estávamos 165,7 milhões de hectares, enquanto que hoje estamos em torno de 152 milhões hectares em pastagens. Isso comprova que melhoramos muito nossa eficiência.
Exportamos carne para mais de uma centena de países, entramos em processos de certificação e até rastreabilidade. São muitos motivos para comemorarmos o Dia Nacional da Pecuária em 14 de outubro.
Ainda assim, o agro brasileiro tem também suas deficiências: ainda há muito para evoluirmos na adesão as tecnologias, bem como a própria comunicação do setor: que não conta exatamente os “ovos que as galinhas botam”. Por isso ainda há mitos e até desconfiança sobre a produção vegetal e animal em nosso País.
Pois bem, por isso amigo pecuarista, precisamos saber valorizar e vender nossos produtos. E nossa imagem. O Brasil enfrentou uma forte crise hídrica em 2014/2015. Os homens do campo foram injustamente criticados, a agricultura e pecuária se tornaram vilãs no consumo de água. A sociedade urbana ainda acha que o produtor é um jeca-tatu. Não, não! É preciso esclarecer que a classe está cada vez mais profissionalizada, tanto nos aspectos sociais, ambientais e de boas práticas agrícolas para que tenham fazendas sustentáveis.
Foi nesse sentido que surgiu a necessidade da tecnologia de irrigação por gotejamento no pasto. A tecnologia de origem israelense já é famosa nos campos de café, milho, cana-de-açúcar, soja e arroz.
Esse sistema proporciona ao pecuarista mais eficiência no uso da água (uma redução de 30% a 50%), não desperdiça e aplica de forma regular, bem como possibilita a técnica de fertirrigação já que o gotejador aplica os nutrientes direto na raiz, formando uma solução nutritiva para a planta. Dessa forma, ela se alimenta mais vezes e em menores quantidades. É amigo, assim como nós, as plantas preferem comer de forma parcelada.
Além disso, em áreas de produção de feno (Tifton 85), as fazendas conseguem produzir até 400 fardos de 16 kg por hectare por corte, 33% a mais que o método antigo que tinha uma produção na faixa de 300 fardos. Somado ao ganho de produtividade por corte, o novo sistema possibilitou uma idade de corte menor de 45 para 35 dias, podendo chegar a até oito cortes por ano.
E nesse sentido temos que destacar sempre o papel do pecuarista, da pecuária brasileira. Este homem do campo vem assumindo responsabilidades de produção animal que nos colocam no topo do sistema. Por isso, valorizar nossa pecuária é reconhecer o alimento que comemos no dia a dia.
Avante pecuaristas: continuem determinados na busca por sustentabilidade, por mais tecnologia, por mais genética de qualidade, por mais manejo de solo e pastagem, por mais sementes, por mais tudo de bom que vocês fazem pela pecuária brasileira. E avante Brasil: temos a faca e o queijo na mão. Vamos incentivar e dar continuidade a este excelente trabalho que nos permite poder celebrar o dia 14 de outubro!