A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) vê “método neofascista” nas fake news propagadas pela campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

As notícias falsas ganharam centralidade na reta final da disputa pelo Planalto. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abriu investigação nesta semana sobre suposto esquema de desinformação com o envolvimento do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e perfis da família Bolsonaro. A rede de fake news teria o objetivo de atacar Lula.

“Essa quantidade de fake news contra o Lula é um processo característico de um método neofascista. Está sustentado por mentiras, manipulações e, sobretudo, em um descompromisso com a verdade”, afirmou Dilma durante entrevista à imprensa em Salvador na tarde desta sexta-feira, 21.

As fake news também geraram uma batalha por direitos de resposta entre Lula e Bolsonaro. A campanha do petista ganhou, por decisão do TSE, 164 inserções de 30 segundos no que seria originalmente parte do programa televisivo do chefe do Executivo para rebater informações falsas propagadas por Bolsonaro. A determinação, no entanto, foi suspensa pela ministra Maria Claudia Bucchianieri após recurso da campanha de Bolsonaro (PL).

A magistrada também suspendeu hoje oito inserções na TV concedidas ao candidato à reeleição nos espaços da propaganda do petista como direito de resposta. A ministra suspendeu ainda o direito de Bolsonaro usar 2 minutos e 8 segundos na propaganda em bloco de Lula.