O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) subiu 0,63% em março e fechou o mês em R$ 5,892 trilhões. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 26, pelo Tesouro Nacional. Em fevereiro, o estoque estava em R$ 5,856 trilhões.

A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 56,98 bilhões no mês passado, enquanto houve um resgate líquido de R$ 20,31 bilhões.

A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) avançou 0,74% em março e fechou o mês em R$ 5,616 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 2,00% menor no mês, somando R$ 234,36 bilhões ao fim de março.

Parcela de títulos

Com a manutenção da taxa básica de juros em 13,75% ao ano e a expectativa de queda em algum momento no segundo semestre deste ano, a parcela de títulos da DPF atrelados à Selic caiu em março, para 39,08%. Em fevereiro, estava em 40,64%. Já os papéis prefixados aumentaram a fatia de 23,74% para 24,70%.

Os títulos remunerados pela inflação aumentaram para 32,00% do estoque da DPF em março, ante 31,29% em fevereiro. Os papéis cambiais oscilaram a participação na DPF de 4,34% para 4,22% no mês passado.

O Tesouro informou ainda que parcela da DPF a vencer em 12 meses apresentou queda, passando de 22,48% em fevereiro para 22,09% em março. O prazo médio da dívida teve elevação de 3,99 anos para 4,04 anos na mesma comparação.

Já o custo médio acumulado em 12 meses da DPF subiu de 10,86% ao ano para 11,10% a.a. no mês passado.

Participações

A participação dos investidores estrangeiros no total da Dívida Pública caiu ligeiramente em março. De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional, a parcela dos investidores não residentes no Brasil no estoque da DPMFi variou de 9,76% em fevereiro para 9,74% no mês passado.

No fim de 2022, a fatia estava em 9,36%. O estoque de papéis nas mãos dos estrangeiros somou R$ 551,08 bilhões em março, ante R$ 547,98 bilhões em fevereiro.

A maior participação no estoque da DPMFi continuou com as instituições financeiras, com 28,6% em março, ante 27,80% em fevereiro. A parcela dos fundos de investimentos passou de 24,77% para 23,79% em no mês passado.

Na sequência, o grupo Previdência passou de uma participação de 22,79% para 23,37% de um mês para o outro. Já as seguradoras passaram de 4,07% para 4,15% na mesma comparação.

‘Colchão da dívida’

O Tesouro Nacional encerrou março com R$ 973,56 bilhões no chamado “colchão da dívida”, a reserva de liquidez feita para honrar compromissos com investidores que compram os títulos brasileiros.

O valor observado é 2,22% menor em termos nominais que os R$ 995,66 bilhões que estavam na reserva em fevereiro. O montante ainda é 9,28% menor que o observado em março de 2022 (R$ 1,073 trilhão).

No fim de março, o colchão era suficiente para honrar 9,22 meses de vencimentos de títulos. O valor serve de termômetro para saber se o País tem recursos para pagar seus investidores ou precisará recorrer rapidamente ao mercado para reforçar o caixa.

O órgão trabalha com um mínimo prudencial equivalente a uma reserva para três meses de vencimentos.