18/09/2020 - 10:29
O dólar opera em leve alta ante o real na manhã desta sexta-feira, 18, alinhado ao fortalecimento da divisa americana ante divisas de países emergentes e exportadores de commodities registrado nos últimos minutos. A decepção com os planos de Bancos Centrais no mundo – sobretudo o americano – e o aumento do temor com a pandemia, dados os novos números da transmissão na Europa e o novo alerta da OMS esvaziam o fôlego do investidor em apostar em um cenário mais construtivo e promissor.
Na manhã desta sexta, o presidente da distrital de Atlanta do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Raphael Bostic, afirmou que enxerga sinais de que a recuperação da economia dos Estados Unidos está se desacelerando.
Em entrevista, o dirigente exortou o Congresso a implementar novas medidas de estímulos fiscais para apoiar setores com maior dificuldade no processo de retomada.
Soma-se ao mal estar global a insegurança do investidor doméstico sobre a capacidade da equipe de Paulo Guedes de diálogo e de tocar as reformas da prometida agenda de campanha.
A turbulência da semana – em que o Planalto ameaçou com “cartão vermelho” a equipe econômica – pôs técnicos e secretários sob silêncio, segundo apurou o Estadão/Broadcast.
Algumas privatizações – como a da Casa da Moeda – foram pública e claramente proibidas ontem pelo presidente Jair Bolsonaro, que declarou que sua decisão não configura interferência no trabalho do Ministério da Economia.
Às 10h24, o dólar à vista era cotado a R$ 5,2756, em alta de 0,84%. No mercado futuro, o dólar para liquidação em outubro subia 0,70%, para R$ 5,2770.