19/01/2023 - 10:18
O mercado de câmbio adota cautela. Os investidores ampliam demanda por dólar, após entrevista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticando a independência do BC, a meta de inflação elevada e os juros altos no País. Há expectativa ainda sobre o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que faz palestra na Universidade da Califórnia, em Los Angeles (16h30).
No câmbio, o dólar à vista registrou máxima intradia a R$ 5,2561 (+1,81%) no mercado à vista há pouco. Lá fora, a moeda norte-americana recua ante pares principais, ecoando temores de recessão nos Estados Unidos, mas sobe frente divisas de países emergentes exportadores de produtos básicos. O petróleo segue em baixa diante dos riscos de recessão nos EUA e na Europa. Os preços do minério de ferro subiram na China, após baixas recentes.
Mais cedo, a taxa de desocupação no Brasil ficou em 8,1% no trimestre encerrado em novembro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou levemente acima da mediana de 8,0% das estimativas na pesquisa Projeções Broadcast (intervalo de 7,8% e 8,4%).
Em igual período de 2021, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 11,6%. No trimestre encerrado em outubro de 2022, a taxa de desocupação estava em 8,3%.
No exterior, os mercados mostravam reação modesta há pouco à ata da mais recente reunião do Banco Central Europeu (BCE). Os dirigentes viam riscos de alta na inflação, e parte deles defendia alta de 75 pontos-base dos juros na última reunião, mostrou a ata. Às 9h40 (de Brasília), o euro subia a US$ 1,0818. A Bolsa de Frankfurt recuava 1,69% e Paris caía 1,75%. Londres, por sua vez, operava em baixa de 1,26%.
Às 9h40, o dólar à vista ganhava 1,08%, aos R$ 5,2191. O dólar fevereiro subia 0,57%, aos R$ 5,2290.