O dólar ampliou as máximas há pouco, a R$ 5,6960 (+1,70%) no mercado à vista. O sócio da Acqua Investimentos Bruno Musa atribui a alta do dólar frente o real, bem mais forte que o ajuste positivo da divisa americana ante outras moedas emergentes e ligadas a commodities, à saída de investidores estrangeiros do Brasil, após alta da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) dos bancos, que gera insegurança nos investidores, rumo aos Treasuries longos dos EUA, cujo rendimento segue em alta, refletindo expectativas de que a inflação acelere e leve bancos centrais a elevar juros.

“Quem vai pagar o aumento da CSLL dos bancos é o tomador de crédito, que ficará mais caro, dificultando ainda mais a retomada da economia”, avalia a fonte.

A votação da PEC Emergencial, se vai ser amanhã ou não, é chute, porém, mais cedo ou mais tarde deverá passar no Congresso, com auxílio e compensação de gastos, acredita. Jefferson Rugik, da corretora Correparti, afirma que a elevação da CSLL dos bancos gera insegurança e faz com que o estrangeiro saia do país.

“Tem fuga de capitais, sim. O fluxo financeiro é negativo e há busca de proteção no mercado futuro”, observa Rugik.

O dólar futuro para abril subiu até R$ 5,7035 (+0,99%).