27/09/2022 - 10:53
A manhã de terça-feira é de recuperação dos ativos de risco em todo o mundo, o que leva o dólar a operar em queda generalizada pelo mundo, inclusive ante o real. Somente ontem, a divisa americana teve alta de 2,53%. A agenda do dia é cheia e os investidores acompanham indicadores econômicos e falas de dirigentes de bancos centrais pelo mundo. Por aqui, pesa ainda a proximidade da eleição presidencial, no próximo domingo.
Entre os destaques do dia está o IPCA-15, que caiu 0,37% em setembro, após ter recuado 0,73% em agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda foi maior que a mediana das estimativas do Projeções Broadcast, calculada em -0,20%, com intervalo entre -0,32% e +0,06%. Foi a menor variação do índice para um mês de setembro desde 1998, quando o IPCA-15 teve queda de 0,44%.
No exterior, o presidente da distrital do Federal Reserve em Chicago, Charles Evans, disse que está um pouco apreensivo sobre o Fed estar elevando juros em ritmo muito rápido para controlar a inflação nos Estados Unidos. Em entrevista à emissora CNBC transmitida hoje, Evans enfatizou, porém, que controlar a inflação é a prioridade do momento e que continuar elevando os juros básicos é muito importante.
Segundo Evandro Caciano dos Santos, head de câmbio da Trace Finance, o mercado recobra hoje maior racionalidade, apesar das diversas variáveis atuando em conjunto. “O dólar chegou a cair 7 centavos em dois minutos, o que mostra que o cenário ainda é de volatilidade”, diz. Ele afirma que a proximidade da eleição presidencial é um dos fatores que interferem nos negócios, pela incerteza quanto a questões relacionadas aos dois principais candidatos
Às 10h37, o dólar à vista era negociado a R$ 5,3390, em queda de 0,79%. No mercado futuro, o dólar para liquidação em outubro recuava 1,07%, aos R$ 5,3415.