O dólar opera em alta na reabertura do mercado à vista pós-feriado local, ajustando-se à valorização no exterior na manhã desta segunda-feira, 24, e também na sexta-feira (21) ante algumas moedas emergentes ligadas a commodities em meio a expectativas de novas elevações de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) diante dos sinais de resiliência da economia nos Estados Unidos.

Os investidores olham o índice de atividade nacional de Chicago, em dia de agenda mais fraca. O mercado acompanhou mais cedo o Boletim Focus, com piora nas estimativas de inflação apenas para 2023 (de alta de 6,01% para 6,04%).

A agenda da semana esquenta a partir de terça-feira, 25, com a participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de audiência pública na Comissão de Assuntos econômicos )CAE) do Senado, para explicar o nível elevado da Selic, hoje em 13,75%. E o IPCA-15 será publicado na quarta-feira, 26, mesmo dia em que o

presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que deve ser lido em plenário na Casa o requerimento para a instalação da CPMI dos atos golpistas.

Em Portugal, hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva repetiu a uma plateia de empresários brasileiros e portugueses, que o “Brasil tem um problema que é a taxa de juros muito alta”. O presidente disse que o nível de juros atual desestimula investimentos e impede o consumo. Em seguida, Lula defendeu um ciclo de estímulo à economia que passe pelo consumo das classes menos favorecidas.

Na sexta-feira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), voltou a se dirigir a Campos Neto e pedir a redução da taxa básica de juros brasileira. Campos Neto, por sua vez, reforçou que há inflação de demanda no Brasil justificando o atual patamar da Selic e a situação fiscal do Pais é outro elemento entre as justificativas dos juros altos.

Às 9h34 desta segunda, o dólar à vista subia 0,18%, a R$ 5,0676. O dólar para maio ganhava 0,25%, a R$ 5,0705.