O dólar opera em baixa no mercado à vista na manhã desta quinta-feira, 20,, com uma realização de lucros após altas recentes. Mas os ajustes frente o real são limitados por cautela no exterior com perspectivas de alta de juros nos EUA e Europa e o dólar também sobe frente algumas emergentes ligadas a commodities, como peso mexicano, em dia de queda dos preços de produtos básicos.

Com a agenda interna esvaziada nesta véspera de feriado no Brasil, as atenções ficam na apresentação do marco das PPPs, além de compromissos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em São Paulo, e no presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que tem reuniões em Londres, no Reino Unido.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva formalizou ainda nesta quarta-feira, 19, no Diário Oficial da União (DOU) em edição extraordinária publicada à noite, a exoneração do general Marco Edson Gonçalves Dias, o G. Dias, do cargo de ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Ele pediu para deixar o posto depois da divulgação na imprensa de vídeos mostrando agentes do GSI deixando o Palácio do Planalto à mercê dos vândalos que o invadiram no dia 8 de janeiro deste ano. G.Dias aparece nas imagens.

Na quarta, o mercado piorou com temores de que o caso GSI atrapalhe a tramitação do arcabouço fiscal na Câmara. Os juros futuros subiram na esteira do dólar, que fechou com forte ganho de mais de 2%, acima dos R$ 5,08, na terceira alta seguida ante o real.

No exterior, o euro e a libra recuam, após desaceleração da inflação ao produtor na Alemanha, embora ainda bem elevada, e da publicação da ata da última reunião do Banco Central Europeu (BCE), indicando manutenção do compromisso da autoridade monetária em combater a inflação. Discursos de vários dirigentes do BCE e do Fed devem nortear também as expectativas de política monetária durante o dia.

Às 9h37 desta quinta, o dólar à vista recuava 0,40%, a R$ 5,0657. O dólar maio cedia 0,23%, a R$ 5,0715.