27/07/2022 - 16:18
Elena Landau, assessora para o programa econômico da pré-candidata à Presidência da República Simone Tebet (MDB) e colunista do jornal O Estado de S. Paulo, comentou ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que assinou o manifesto pró-democracia organizado pela Faculdade de Direito da USP porque é uma grande e importante expressão da sociedade em defesa das eleições eletrônicas.
“O manifesto foi uma reação da população que deu um basta às ações autoritárias do presidente Jair Bolsonaro, que vêm ocorrendo desde a sua posse e que culminaram na triste reunião que fez com embaixadores, na qual atacou as instituições do País, inclusive o sistema Judiciário, e as eleições”, apontou Elena. “Naquele evento a reação dos embaixadores foi de constrangimento. E Bolsonaro reconheceu que vai perder o pleito.”
Na avaliação da economista, aquela reunião de Bolsonaro foi a primeira de muitas manifestações que ele fará até as eleições em outubro para colocar em dúvida a sua lisura. Ela expressou que foram muito oportunas as mensagens dos governos dos EUA, Reino Unido, França e Alemanha de confiança que o pleito terá um resultado justo e representará a vontade do povo.
“Nossas eleições são um exemplo para o mundo e a verdade é que muitos países gostariam de ter o nosso sistema, que funciona bem e apura os resultados com rapidez”, destacou Elena.
Para a economista, não há dúvida de que o presidente segue todos os atos do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que no ano das eleições a Casa Branca em 2020 fez diversas manifestações para desacreditar os resultados do pleito, que deram a vitória ao democrata Joe Biden. “Ele pretende adotar o Bolsonarismo baseado no Trumpismo. Não é à toa que o Steve Bannon é o melhor amigo do Eduardo Bolsonaro”, destacou, referindo-se ao ex-assessor de Trump, que é um grande ideólogo de grupos de extrema direita americanos, como Oath Keepers e Proud Boys.
Elena Landau comentou que a eleição “de uma candidata ou um candidato da oposição” neste ano para o Palácio do Planalto ratificará a vontade da sociedade de defender a democracia no País. “Além disso, será muito importante a próxima presidente ou o presidente fazer um governo que pacifique as relações entre as instituições no Brasil e que restabeleça a total harmonia e respeito com o Poder Judiciário e o Congresso.”