22/04/2023 - 12:00
Em visita a Portugal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou que o Brasil vai cumprir as metas de zerar o desmatamento até 2030. “Sei que a parceria entre nossos governos se estende aos grandes desafios impostos pela mudança do clima. O Brasil será implacável aos crimes ambientais. Vamos cumprir nossos compromissos de zerar o desmatamento até 2030”, afirmou Lula, em entrevista coletiva à imprensa ao lado do presidente de Portugal, Marcelo Rabelo. “Seremos rigorosos na repressão contra o garimpo ilegal e contra os que atentam contra os povos indígenas”, prosseguiu o presidente brasileiro.
O presidente reafirmou o desejo de “compartilhar” a biodiversidade do País com cientistas e pesquisadores. “Queremos estimular a produção de fármacos (a partir da biodiversidade da Amazônia). Queremos gerar oportunidades sustentáveis para comunidades da Amazônia e de outros biomas”, disse.
Lula destacou que ambos países são democracias e disse que estão ameaçados pelo extremismo político e notícias falsas. O presidente também lamentou a cultura da “indústria das fake news”, o risco delas para as democracias, a negação da política e a tentativa da destruição das instituições. “Eu não tinha visto a política criar o clima de ódio que criou nos últimos anos. Quando começa a se negar política o que vem depois, é bem pior. É obrigação nossa lutar contra a desinformação indiscriminada”, afirmou, citando necessidade de responsabilidade das empresas de tecnologia para conter a desinformação e conteúdos ilícitos. “Sei que podemos contar com Portugal nessa ameaça comum”, afirmou.
O presidente pediu também que a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheça a língua portuguesa como oficial e disse que não fazê-lo é “falta de respeito”. Ao citar que seu governo dedica “atenção ao crescimento com equidade”, o presidente chamou Portugal de “parceiro especial” nessa tarefa. “A relação do Brasil com Portugal vai melhorar muito. Que mais investimentos portugueses venham para o Brasil. Que mais investimentos brasileiros venham para Portugal”, afirmou.