Uma das prioridades do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), na gestão Blairo Maggi, é facilitar o acesso ao crédito rural, enfatizou o ministro interino Eumar Novacki nesta quinta-feira (17), ao participar de reunião na Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp) para debater o Plano Agro+ e questões relacionadas à política agrícola.

“Queremos reduzir a burocracia e fazer com que o financiamento chegue ao produtor na hora certa”. Nesse contexto, o Mapa pretende anunciar, até o fim deste mês, mais R$ 2,5 bilhões para o Moderfrota – programa de aquisição de tratores, colheitadeiras, plataformas de corte, pulverizadores, plantadeiras, semeadoras e outros equipamentos agrícolas – para atender o aumento da demanda por causa da projeção de supersafra na temporada 2016/2017.

“Ao analisarmos a execução do Plano Agrícola e Pecuário de anos anteriores, percebemos que, muitas vezes, havia disponibilidade de crédito, mas o produtor não conseguia acessá-lo”, assinalou Novacki.

“Queremos facilitar isso para estimular o crescimento da produção rural. Dessa forma, teremos condições de abrir novos mercados e gerar mais emprego e renda para o país, como desejam o presidente Michel Temer e o ministro Blairo Maggi.” Segundo o ministro interino, o Mapa tem papel relevante na recuperação econômica do Brasil e está retomando o seu protagonismo no governo atual.

Acompanhado dos secretários Neri Geller (Política Agrícola) e Luis Rangel (Defesa Agropecuária), Novacki também pediu que o estado de São Paulo crie sua versão do Agro+, plano de desburocratização, simplificação e modernização do agronegócio lançado pelo Mapa em agosto deste ano. De acordo com Novacki, 19 estados já anunciaram que vão implantar iniciativas semelhantes à do governo federal.

O primeiro é o Rio Grande do Sul, que apresentará seu plano na próxima segunda-feira (21). Por meio do Agro+, o ministério está atendendo demandas do setor produtivo para tornar mais ágeis as suas normas e procedimentos.

Compra de máquinas

Durante a reunião com a diretoria da Faesp, Neri Geller informou que o Mapa trabalha para remanejar R$ 2,5 bilhões de outros programas de crédito rural para o Moderfrota.

O Plano Agrícola e Pecuário 2016/2017 destinou R$ 5,4 bilhões para a compra de máquinas e de equipamentos, mas o montante se mostrou insuficiente para atender a demanda do setor. Somente nos três primeiros meses do plano, os produtores já contraíram financiamentos que representam quase 60% do total destinado ao Moderfrota. Por isso, o Mapa quer reforçar o volume de recursos até o fim de novembro.

Para o presidente da Faesp, Fábio Meirelles, a reunião serviu para reforçar a intenção do governo federal de ser mais ágil na adoção de medidas para contemplar o setor. “Desejamos soluções imediatas e efetivas para a agropecuária”, ressaltou Meirelles, que entregou a Novacki documento com as principais reivindicações dos produtores paulistas. Fonte: Ascom