04/10/2016 - 11:03
Depois de quatro meses de estrada, percorrendo dois mil quilômetros desde Barretos (SP), Filipe Masetti, 29 anos, chegou à fronteira do Uruguai no mês passado. Mais conhecido como o “Cavaleiro das Américas”, por fazer uma viagem a cavalo de 16 mil quilômetros, do Canadá até o Brasil, entre 2012 e 2014, Masetti realiza esse novo trajeto para angariar fundos ao Hospital do Câncer de Barretos. A ação, que tem o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha, já arrecadou R$ 20 mil. Masetti continua seu percurso por mais oito mil quilômetros, até a Patagônia argentina, com a chegada prevista para abril de 2017.
Crescimento a galope
Com a previsão de vender 400 animais em cerca de 12 leilões oficiais até o final deste ano, a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga espera aumentar a receita da raça em 10% ante 2015, chegando a R$ 12 milhões. Para o presidente da entidade, Mário Barbosa, a demanda maior por equinos é reflexo do trabalho de melhoria genética do cavalo no País. “Recuperamos a marcha característica progressiva, cômoda e equilibrada do mangalarga”, diz Barbosa. “Acredito que esse fato está influenciando o comércio.”
Laço pantaneiro
Em agosto, 400 competidores participaram do 11º Potro do Futuro e 11º Campeonato Nacional de Laço Comprido, em Campo Grande. A modalidade Laço Comprido se tornou uma tradição entre os peões do Estado de Mato Grosso do Sul. O esporte se firmou há cerca de uma década, em função de sua interface com o trabalho de campo. A organização foi da Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Quarto de Milha, com R$ 100 mil em prêmios.
Jogo do Pato na Expointer
Pela segunda vez, a Associação Gaúcha do Cavalo Árabe levou o Jogo do Pato para Expointer, feira realizada de 27 de agosto a 5 de setembro, em Esteio (RS).A modalidade é uma espécie de futebol sobre cavalos, que tem se tornado febre entre os argentinos. A entidade gaúcha deseja que ocorra o mesmo no Brasil. Além dessa atividade, participaram do evento 50 cavalos árabes que passaram por julgamentos de morfologia e conformação racial, além de competirem também em provas de montaria, como a Três Tambores.
Cânter
O criador gaúcho Fernando Dornelles Pons, 68 anos, lançou no mês passado uma reedição do livro “O Cavalo Crioulo: Evolução no Tempo”, escrito em 1993 por seu pai Dirceu dos Santos Pons, falecido em 2001. A nova publicação é uma homenagem à memória de Pons, que era um especialista na arte de selecionar equinos. O livro também traz atualizações sobre a evolução da raça nos últimos anos.
Quais as principais atualizações na nova edição do livro?
A obra do meu pai foi publicada há 23 anos e nesse tempo muita coisa mudou. Entre elas está a profissionalização de ginetes e domadores e também a própria doma se tornou mais racional.
Em que medida o livro pode ajudar os criadores da raça?
Há no País atualmente 400 mil equinos crioulos registrados. Com a expansão da raça do Sul para todo o Brasil, a demanda por informações mais detalhadas também cresceu. A obra é voltada principalmente a esses novos criadores.
Na criação, qual a herança deixada por seu pai?
A criação vem da época de meu avô, Martim de Macedo Pons. Cresci nesse meio e minha herança foi aprender desde cedo a desenhar o tipo genético do cavalo que eu queria.
Quantos equinos foram registrados pela família Pons?
Em 40 anos de seleção da nossa cabanha, a Capanegra, registramos cerca de 2,2 mil animais. Hoje temos 180 éguas em reprodução.