07/08/2015 - 20:19
Com o tema “Informações a favor da cotonicultura”, a Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso – Fundação MT, realizou a sétima edição do Encontro Técnico Algodão nos dias 6 e 7 de agosto, em Chapada dos Guimarães (MT). O evento, já tradicional, reuniu produtores, consultores, agrônomos, pesquisadores e técnicos para a aquisição de novas informações através de palestras e debates. O evento atrai profissionais de todo o Centro-Oeste para o aprofundamento dos temas mais importantes para o período e apontamentos futuros.
O diferencial desta edição foi o acréscimo de tempo para as discussões entre o público e palestrantes, e também o relato de profissionais que acompanham o dia a dia das fazendas, sobre doenças no algodão na safra 2014/2015. Elton José Emanuelli, coordenador de Produção de Algodão da Sementes Bom Jesus foi um deles e ressaltou os problemas enfrentados nas áreas do grupo em todas as regiões de Mato Grosso. Sobre o evento, Elton destaca que as discussões sobre clima, mercado e lançamentos de cultivares foram essenciais para o momento.
Alexandre Jacques Bottan, produtor de Campo Novo do Parecis e Sapezal, municípios de Mato Grosso, também apresentou relatos sobre doenças em suas áreas e frisou que acrescentar maior tempo aos debates dá a oportunidade de aprofundamento. “Esses momentos permitem dialogar sobre aquilo que está sendo desenvolvido pelos profissionais que atuam no campo e pelas instituições de pesquisa”, colocou.
No primeiro dia de evento, um dos destaques foi a palestra da pesquisadora Marina Rondon. Em ascensão na cultura do algodão, a doença Corynespora cassiicola já é observada há algumas safras com variações no nível de agressividade a cada período. “Essas variações de severidade de safra em safra dificultam o controle químico porque fica difícil saber o momento certo da aplicação”, destaca. A especialista apresentou resultados de pesquisas realizadas pela instituição, em anos distintos, para verificar e entender a patogenicidade de inoculados de Corynespora em algodão, crotalária e soja. “Foi possível observar que o desenvolvimento dos sintomas da doença em plantas de soja é mais lento quando comparado com os outros hospedeiros – algodão e crotalária”, informou.
A programação do Encontro Técnico também apresentou e debateu a previsão climática 2015/16, fatores ambientais sobre a característica da fibra, controle químico sobre doenças, perspectivas para o mercado do algodão, rotação de culturas dentro do sistema de produção, melhoramento genético e posicionamento de cultivares de algodão, resultados de controle de mosca-branca e lagartas, e bicudo do algodoeiro.
O evento teve o patrocínio da Arysta LifeScience, Basf, Bayer CropScience, CCAB, Oxyquímica Agrociência, Quimifol, Stoller, Syngenta, TMG, Vale e recebeu apoio da Associação Mato-Grossense dos Produtores de Algodão (Ampa). Fonte: Ascom