Os produtores de laranja, limão e mexerica do estado de São Paulo estão sofrendo com a praga do greening, que pode afetar a produção de frutas principalmente na região de Limeira. 

O greening é uma doença sem cura que afeta os pomares de citros no mundo inteiro. Devido ao seu grande poder destrutivo e alta capacidade de contágio, o greening é considerado a maior ameaça à citricultura em escala mundial.

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De acordo com relatório do governo do Estado de São Paulo, 96,6% dos produtores do Estado já informaram os resultados das vistorias realizadas em seus pomares durante o 2° semestre de 2023. Ao todo, foram entregues 10.330 relatórios e cerca de 214,9 milhões de plantas foram inspecionadas. Destas, mais de dois milhões eram assintomáticas para o Greening. A região de Limeira, a mais atingida pela praga, tem 61% das árvores contaminadas. 

“A entrega do relatório pelo produtor é fundamental para o planejamento de ações de defesa sanitária vegetal voltadas para a manutenção da sanidade do setor citrícola”, comenta Alexandre Paloschi, engenheiro agrônomo e diretor do Departamento de Defesa Sanitária e Inspeção Vegetal (DDSIV).

Produtores estão migrando para a zona da mata mineira

Alguns produtores estão deixando a região de Limeira, no estado de São Paulo, para migrar para a área da zona da mata mineira e fugir do greening. A Citrícola Lucato acabou de adquirir 900 hectares para ampliar a sua produção nos municípios de Piedade do Rio Grande e Madre Deus de Minas. 

“Começamos com a produção em São Paulo, mas com o avanço do greening ao longo dos anos foi necessário buscar uma nova região para a produção de citros”, afirma Carlos Lucato, sócio-proprietário da companhia, para o site Globo Rural. 

Por ter um clima mais ameno, a região acaba sendo propícia para os pomares por ser mais livre da praga.