Brasília, 17 – Representantes do agronegócio mato-grossense pediram ao secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, ações emergenciais para minimizar os impactos da quebra da safra de grãos 2023/24, provocada pela estiagem e altas temperaturas. Na safra atual, o Estado deve colher volume 14% menor de soja e 17% inferior de milho, em virtude do impacto do El Niño, conforme projeções do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).

“De imediato vamos buscar linha de crédito com o BNDES a 7% (mais taxa cambial) e pagamento em três anos para custeio”, disse Geller a entidades do setor produtivo, durante reunião realizada na terça-feira, segundo a assessoria do secretário.

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O pedido foi feito a Geller em reunião na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) com representantes da Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat), Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir), Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Fórum Agro, Organização das Cooperativas de Mato Grosso e Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa). A Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso não participou do encontro.

Em nota, a Famato informou que foram debatidas as demandas do setor agropecuário e a “preocupante quebra na safra de soja” com o secretário. “Ao recebermos o secretário Neri Geller, estamos fortalecendo a representatividade do nosso setor e garantindo que as demandas e desafios enfrentados pelos produtores sejam devidamente compreendidos e endereçados pelo governo federal. Estamos confiantes de que, ao consolidarmos esse diálogo, conseguiremos avançar na busca por soluções que beneficiem não apenas os agricultores e pecuaristas, mas toda a cadeia produtiva do nosso Estado”, disse o presidente da Famato, Vilmondes Tomain, no encontro.

Agora, as entidades vão formular um documento com as demandas setoriais e encaminhar posteriormente ao Ministério.