O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, disse nesta segunda-feira, 27, estar muito confiante com relação ao andamento do marco fiscal. Para ele, em última instância, a decisão sobre quando anunciar a regra depende do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, mas vê como positivo o cancelamento da viagem do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à China porque o novo arcabouço carece de alguns ajustes e será muito bom a equipe poder fazer as reuniões necessárias para tais ajustes com a presença do ministro.

“Estou muito otimista porque o nível de consenso que já existe dentro do governo é muito elevado. É lógico que quando se vai discutir uma nova regra ela tem uma série de impactos em diversas outras áreas e ministérios e precisa ser estressada e testada nas contas que estão sendo feitas ali. Acho que é este o ponto em que a gente mais se encontra agora”, disse o secretário, ao participar da Arko Conference 2023, evento da Arko Advice.

Galípolo destacou ainda que, para além do consenso dentro do governo, a nova regra fiscal teve uma boa receptividade dentro do Congresso, tanto por parte dos líderes quanto dos presidentes das duas Casas – Arthur Lira, da Câmara, e Rodrigo Pacheco, do Senado.

“Os presidentes Arthur Lira e Rodrigo Pacheco receberam bem a proposta e têm sido solidários e grandes parceiros nesse caminho. Então, eu estou muito otimista quanto a ele arcabouço fiscal, mas a decisão de quando ele deve vir à luz do Sol é uma decisão que só o presidente da República vai poder avançar”, disse o secretário.

E completou: “Mas é fruto de muito estudo. Vocês conhecem o perfil do Fernando Haddad. Ele gosta muito de estudar estes temas e debater estes temas, colheu experiências do mundo todo antes de chegar a um desenho definitivo e já submeteu a toda equipe econômica, ao Congresso, à Casa Civil e ao presidente. Então, acho que está muito próximo do arcabouço vir à luz do Sol.”