O grupo EuroChem, importante produtor global de fertilizantes, inaugura nesta quarta-feira um complexo industrial em Minas Gerais com capacidade para produzir 1 milhão de toneladas de fertilizantes fosfatados por ano, o que equivale a 15% da produção nacional do insumo.

A expectativa é de que a produção do complexo mineroindustrial de Serra do Salitre, na região do Alto Paranaíba, contribua diretamente para a redução da dependência do agronegócio brasileiro das importações de fertilizantes, que hoje chega a 85%, disse a EuroChem.

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O projeto, que recebeu mais de 1 bilhão de dólares em investimentos e empregará 1,5 mil colaboradores, é o primeiro da Eurochem fora da Europa em modelo verticalizado, integrando atividades de mineração, beneficiamento, produção e distribuição de fertilizantes.

A unidade é composta por uma mina de fosfato a céu aberto com mais de 350 milhões de toneladas de reservas minerais e cerca de 25 anos de vida útil. O projeto conta ainda com uma planta de ácido sulfúrico, uma de ácido fosfórico, e unidades de acidulações e granulações.

Como produto final, Salitre fabricará, dentre outros, três fertilizantes essenciais à agricultura: SSP (Super Simples), TSP (Triplo Simples) e MAP (Fosfato Monoamônico) que abastecerão principalmente as lavouras de soja, milho e cana-de-açúcar, disse a Eurochem.

“Trata-se de um ativo extremamente estratégico pois transforma a EuroChem em um player importante na produção de fertilizantes no Brasil e na América do Sul”, disse Gustavo Horbach, diretor-presidente da EuroChem na América do Sul, em comunicado.

“Estamos alinhados com o Plano Nacional de Fertilizantes, contribuiremos com o fortalecimento da competitividade do setor e, consequentemente, com a soberania alimentar do país”, acrescentou o executivo.

David Crispim, diretor de operações do Complexo de Salitre, afirmou que o complexo terá capacidade de distribuir fertilizantes fosfatados de alta qualidade para todo o país.

“Por conta de questões logísticas devemos ser ainda mais competitivos nas culturas agrícolas de MG, GO, SP, MS e MT”, observou Crispim.