O crescimento da manada da raça crioulo foi de 6,4% no Brasil, em 2015, contando com exemplares em todos os Estados. De acordo com o levantamento da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos, o rebanho registrado da raça ficou em 402,3 mil animais ante os 377,9 mil, em 2014. A região Centro-Oeste saiu na frente com 13,5% de crescimento, seguido pelo Norte, com 11%, Nordeste, com 10,1% e Sudeste, com 8,1%. Na região Sul, o aumento chegou a 6,2%.

Vaquejada nas telonas

Estreou no mês passado, o longa Boi Neon, do diretor pernambucano Gabriel Mascaro. O filme mostra os bastidores das provas de vaquejada pelo Nordeste, com imagens dos parques Rufina Borba, no município de Bezerros (PE) e Ivandro Cunha Lima, em Campina Grande (PB), além de cavalos quarto de milha. Premiado em festivais no Canadá e na Itália, o filme conta a história de Iremar (Juliano Cazarré) um vaqueiro que sonha em ser estilista e que prepara os bois antes de soltá-los nas pistas de prova.

Do Brasil para o mundo

O mercado de exportação de cavalos árabes brasileiros cresceu 43% no ano passado, em comparação com 2014. No total, foram 43 animais vivos ante o resultado de 18 exemplares da raça comercializados em 2014. Bélgica, Itália, Arábia Saudita, Dubai, Catar, Estados Unidos e a América Latina, como um todo, estão na lista dos principais destinos dos animais. Segundo a Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Árabe, foi o melhor resultado dos últimos cinco anos.

Faturando alto

Com a comercialização de mais de seis mil animais em 2015, a receita do quarto de milha cresceu 35%, em 2015, fechando com uma cifra de R$ 264 milhões. O total representa 3,8% dos R$ 7 bilhões que mercado de cavalos chega a movimentar anualmente no País. Na média, desde potros ao pé até reprodutores e matrizes, o valor médio por animal foi de R$ 43,4 mil. A estimativa da Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha é estimular ainda mais o crescimento dos negócios com a raça.

Cânter

O haras Raphaela, do proprietário Dirley Rugolo, em Porto Feliz (SP), foi palco do Global Equus International 2016, dos dias 14 a 17 de janeiro. O evento reuniu 800 pessoas para aprimorar suas técnicas de manejo, criação e treinamento. A ideia foi do veterinário, empresário e domador de cavalos Fernando Rolim, e de Maria Dalva Rolim, sua esposa e sócia no centro de treinamento de cavalos Global Equus, em Cotia (SP).

Por que vocês resolveram fazer este evento?
A primeira edição foi em 2006, e, para celebrar os dez anos de nossa empresa, resolvemos refazê-lo. Mas queríamos este fosse marcante, ao nível, por exemplo, da Equitana, o maior evento equestre mundial, sediado na Alemanha.

E conseguiram?
Podemos dizer que sim. Chegamos a ouvir de um dos treinadores, o espanhol Juan Vendrell, que nosso modelo foi melhor que a Equitana, pois a interação entre os participantes foi maior.

Quanto foi investido?
Cerca de R$ 1 milhão, suportados parte com patrocinadores, venda de ingressos, e também recursos próprios, cerca de
R$ 200 mil. O resultado foi de uma aceitação inacreditável, e queremos fazer esse evento a cada dois anos. Vieram inclusive participantes da Alemanha e da Argentina.

O que chamou mais a atenção dos participantes?
Especialmente o nível dos palestrantes e da equipe técnica. Chamamos 12 treinadores de fora e mais oito brasileiros para mostrar na prática lições nas mais diversas modalidades como em provas de laço, rédeas e doma.