15/07/2020 - 11:54
A exportação de produtos agropecuários teve crescimento de 33,8% no trimestre encerrado em maio, contra igual período do ano passado, segundo o Monitor do Produto Interno Bruto (PIB), do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Segundo a pesquisa, a exportação de bens e serviços apresentou queda de 1,3% no trimestre. E destaque, “embora tenha sido negativo”, destaca o documento da FGV, foi a queda de 47,8% da exportação de bens de capital. Desta maneira, o setor do agronegócio, por meio de suas vendas para o exterior, fez um contrapeso positivo para que o resultado geral do PIB não fosse pior, tendo em vista que caiu 9,4%.
Pelo segundo mês consecutivo, a retração da exportação em geral, de 6,6% no mês de maio, na comparação interanual, foi reflexo da retração em todos os seus componentes à exceção da exportação de produtos agropecuários, destaca a FGV. O maior decréscimo dentre os componentes da exportação deveu-se aos bens de capital com recuo de 58,8% no mês.
Na sexta-feira (10), o Ministério da Agricultura apresentou dados que comprovam a força do setor neste ano em meio à crise da covid-19. No acumulado do primeiro semestre, o superávit do setor estava em US$ 45,397 bilhões, alta de 13% sobre os US$ 40,131 bilhões de janeiro a junho de 2019.
O segmento de proteína é um dos que têm sustentando o resultado robusto. Após compilação de dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) informou que a exportação total de carne bovina (in natura e processada) atingiu recorde de 172.361 toneladas em junho.
Para se ter noção do resultado, o avanço foi de 28% ante igual mês de 2019, com expansão da receita cambial de 48%, para US$ 743 milhões.
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Monitor
Na comparação com o trimestre encerrado em fevereiro deste ano, o Monitor do PIB registrou queda de 10,5%.
Apenas em maio, a retração da atividade econômica do País atingiu 13,3%, sobre o quinto mês de 2019.
No entanto, segundo a FGV, o resultado de maio, frente a abril, foi positivo em 0,7%. “Cabe ressaltar que a situação da economia é ainda muito frágil e mesmo com o crescimento observado em maio, a economia encontra-se em patamar 13,2% abaixo do que apresentava em fevereiro”, diz, por meio de nota, Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV.