São Paulo, 15 – O Brasil exportou 4,116 milhões de sacas de 60 kg de café em dezembro de 2023, 27,1% acima do que embarcou em igual mês de 2022, informou o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). A receita cambial teve alta de 11,6% na mesma comparação, a US$ 800,1 milhões. O preço médio da saca no mês ficou em US$ 194,38, queda de 12,2% ante dezembro de 2022.

No acumulado de 2023, houve queda de 0,4% no volume na comparação com 2022, para 39,247 milhões de sacas. A receita cambial teve queda anual de 13%, a US$ 8,041 bilhões. O preço médio da saca ficou em US$ 204,90 no acumulado do ano, queda de 12,6% ante 2022.

Em 2023, o café arábica foi o mais exportado, com 30,818 milhões de sacas, o que corresponde a 78,5% do total. A variedade canéfora (conilon + robusta) teve 4,708 milhões de sacas embarcadas no período, com representatividade de 12%, acompanhada pelo segmento do solúvel, com 3,671 milhões de sacas (9,4%), e pelo produto torrado e torrado e moído, com 50.377 sacas (0,1%).

Os Estados Unidos e a Alemanha foram os dois principais destinos do café brasileiro em 2023, embora com queda nas aquisições realizadas. Os norte-americanos importaram 6,067 milhões de sacas (-24,2%) e os alemães compraram 5,014 milhões de sacas (-26,7%). Na sequência, vêm Itália, com a compra de 3,131 milhões de sacas (-6,8%); Japão, com 2,386 milhões de sacas (+27,4%); e Bélgica, com 2,201 milhões de sacas (-24,6%).

A China saltou para o sexto lugar no ranking dos principais compradores dos cafés do Brasil em 2023, importando 1,480 milhão de sacas, volume que representa um crescimento de 278,6% frente aos 12 meses de 2022. Um ano antes, os chineses haviam importado 390.879 sacas e ocupavam apenas a 20ª posição na tabela.