São Paulo, 5 – A exportação brasileira de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) alcançou 418,1 mil toneladas em março, maior volume registrado no ano de 2024, embora 18,8% menor que o total embarcado em igual mês de 2023, com 514,6 mil toneladas (maior volume mensal já embarcado na história do setor). Os números fazem parte de levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), divulgado nesta sexta-feira.

Segundo comunicado da ABPA, a receita total obtida com as exportações em março atingiram US$ 751,3 milhões, desempenho 23,4% menor que o saldo de mesmo período do ano passado, com US$ 980,5 milhões.

No comparativo trimestral, as exportações realizadas entre janeiro e março deste ano alcançaram 1,220 milhão de toneladas, volume 7,2% inferior ao saldo acumulado nos três primeiros meses de 2023, com 1,314 milhão de toneladas. No mesmo período, a receita acumulada alcançou U$ 2,141 bilhões, número 16,77% menor que o total registrado no primeiro trimestre de 2023, com US$ 2,573 bilhões.

O presidente da ABPA, Ricardo Santin, disse na nota que “houve um comportamento atípico no mês de março do ano passado, único momento em que a barreira de 500 mil toneladas foi rompida no histórico das exportações de carne de frango. Isto cria uma ideia equivocada em relação ao mês de março deste ano que, na verdade, seguiu dentro do fluxo esperado pelo setor, mantendo-se na média acima de 400 mil toneladas mensais”.

No ranking dos principais destinos do mês de março, os Emirados Árabes Unidos lideram com 40,7 mil toneladas, volume 16,2% superior ao registrado no mesmo período de 2023. Em seguida estão China, com 38,9 mil toneladas (-48,9%) e Arábia Saudita, com 35 mil toneladas (+3,9%).

Entre os principais Estados exportadores, o Paraná manteve-se na liderança com 172,3 mil toneladas embarcadas no mês de março, volume 19,6% menor que o total registrado no terceiro mês de 2023. Em seguida estão Santa Catarina, com 94,5 mil toneladas (-9,6%) e Rio Grande do Sul, com 56,8 mil toneladas (-23,4%).

O diretor de Mercados da ABPA, Luís Rua, observou que “temos acompanhado os países do Oriente Médio ganharem ainda mais destaque nos últimos meses, com compras substanciais de carne de frango, em um contexto de incertezas na região. De maneira geral, o mercado mundial apresenta neste momento equilíbrio entre oferta e demanda, o que deverá favorecer os exportadores brasileiros nos próximos meses, especialmente em um contexto de recrudescimento da influenza aviária em alguns países concorrentes”.