O volume de exportações acumulado de soja embarcados pelos principais portos brasileiros aumentou nos sete primeiros meses de 2014 comparado ao mesmo período de 2013. Em 2013 o total foi de 31,76 milhões de toneladas e em 2014, de 37,84 milhões de toneladas exportadas. A implementação das regras do agendamento, melhorias nos processos operacionais, aumento da capacidade de embarque e reforço na fiscalização estão entre as principais medidas que contribuíram para o aumento da exportação. As ações são articuladas pelo Grupo de Trabalho (GT) para Gestão do Escoamento da Safra, criado pela Portaria Interministerial n° 231 de 2013, coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O GT é formado por representantes do Ministério dos Transportes (MT), Secretaria Especial de Portos (SEP), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ,) Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Empresa de Planejamento e logística (EPL) e Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA).

Atualmente, os quatro portos que mais exportaram soja em grãos nos sete primeiros meses de 2014 foram o Porto de Santos-SP (12,65 milhões de toneladas), Porto Paranaguá-PR (6,8 milhões de toneladas), Porto Rio Grande-RS (5,92 milhões de toneladas) e Porto São Francisco do Sul-SC (4,29 milhões de toneladas).

A implementação do agendamento no Porto de Santos, com a participação dos terminais nas regras de agendamento instituídas pela Companhia de Docas do Estado de São Paulo (Codesp), supervisionadas pela SEP e ANTAQ, evitou o congestionamento de caminhões ao longo das rodovias de acesso ao porto. “Isso contribuiu para aperfeiçoar a movimentação nos pátios de recepção rodoviária, melhorando os processos de descarga”, afirmou o
secretário-executivo do Mapa, Gerardo Fontelles.

Outro fator que contribuiu para o aumento da exportação foram as melhorias dos processos operacionais do Porto de Paranaguá, principalmente no estabelecimento de “berço expresso”, destinado ao carregamento de navios que
contam com, no máximo, três operadores. De acordo com Fontelles, alguns embarques tiveram redução de até 36 horas no tempo de atracação. A adoção de boas práticas nos processos também trouxe melhorias na produtividade do Porto de Rio Grande.

Segundo Fontelles, outros dois fatores relevantes foi o aumento da capacidade de embarque na Ponta da Madeira (Itaqui), de 1,8 milhões de toneladas para 3,7 milhões de toneladas, e o início de operações do sistema rodo-hidroviário da BR 163 em Miritituba, com embarque marítimo em Vila do Conde (Belém) agregando 2 milhões de toneladas na capacidade portuária do Arco Norte (Itacoara (AM), Satarém (PA), Vila do Conde (PA), Itaqui (MA), Salvador (BA), Ilhéus (BA), Outeiro (PA) e Santa (AP)).