As exportações do agronegócio do Brasil atingiram 97,88 bilhões de dólares no intervalo de 12 meses até setembro, queda de 4,6% na comparação com o mesmo período anterior influenciada principalmente por uma derrocada acentuada dos embarques de açúcar, apontaram dados do Ministério da Agricultura. As vendas agropecuárias do Brasil responderam por 41% do total exportado pelo país, que somou 238,1 bilhões de dólares em 12 meses, baixa de 0,6% em relação ao período anterior.

Os embarques de açúcar e etanol caíram 31,2% no período, para 10,9 bilhões de dólares, com recuos em volumes (-19,8%) e dos preços de vendas (-14,2%), e a indústria sucroalcooleira apresentando-se como aquela com pior desempenho entre os grandes setores do agronegócio, segundo os números do ministério.

As exportações de açúcar do maior exportador global da commodity caíram 27% na mesma comparação, para 9,8 bilhões de dólares, à medida que os embarques refletiram uma menor oferta em função da quebra de safra no centro-sul e também um interesse de venda limitado, por conta dos preços mais baixos diante da robusta oferta da commodity no mercado internacional.

As vendas externas de milho também caíram de forma acentuada, após o Brasil exportar volumes recordes no ano passado. Entre outubro de 2013 e setembro de 2014, o Brasil exportou o equivalente a 4,35 bilhões de dólares do cereal, baixa de 36,8% , com um recuo nos volumes e nos preços.

As exportações do agronegócio no acumulado de 12 meses só não recuaram mais porque setores como a soja estão exportando valores recordes –em 12 meses, somaram 32,57 bilhões de dólares (grão, farelo e óleo), alta de 6,6% na comparação com o período anterior. Os embarques de carnes subiram no período 3,1%, para 17,24 bilhões de dólares, com impulso da carne bovina, cujas vendas acumularam alta de 11,6%, para 7,13 bilhões de dólares.