Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como o Faraó dos Bitcoins, foi transferido nesta quarta-feira, 25, para o presídio federal de Catanduvas, no Paraná. Acusado de chefiar um esquema de pirâmide financeira disfarçado de investimento em criptomoedas, que movimentou R$ 38 bilhões e causou prejuízo financeiro a mais de 120 mil pessoas, ele foi preso em 25 de agosto de 2021. Estava na penitenciária Laércio da Costa Pellegrino, conhecida como Bangu 1, no complexo penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio.

A ordem para que Santos fosse transferido foi dada pelo juiz Marcelo Rubiolli, da Vara de Execuções Penais do Rio, a partir de pedido do Ministério Público no Estado. Para o MP-RJ, o Faraó dos Bitcoins continuava liderando a quadrilha, pelo uso de telefones celulares e por meio de pessoas que, mesmo sendo foragidas da Justiça, iam visitá-lo no presídio.

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“Indiscutível que causa sobremaneira vulnerabilidade não só ao sistema carcerário como à ordem pública a presença do acusado, mormente porque boa parte dos seus sicários se encontram foragidos, entretanto, visitando-o. Além disso, é comprovada a tentativa de fornecimento de aparelhos celulares ao mesmo com certeza para que continue a gerenciar a operação não só de fraude ao sistema financeiro nacional como de homicídios e opressões”, escreveu Rubiolli na decisão.

Pela manhã, Santos foi retirado de Bangu 1 por policiais penais do Grupamento de Intervenções Táticas da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) . Foi levado para o aeroporto do Galeão, na Ilha do Governador (zona norte do Rio), onde, por volta do meio-dia, embarcou em um avião da Polícia Federal rumo a Catanduvas. A reportagem tentou contato com representantes de Santos para que se pronunciem sobre a transferência, sem sucesso até as 21h desta quarta.