Brasília, 28 – O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, anunciou que a Coreia do Sul fará uma auditoria na produção brasileira de suínos e bovinos em áreas livres de febre aftosa sem vacinação em novembro. “Uma coisa que buscávamos há anos. Isso poderá abrir o mercado do Rio Grande do Sul, do Paraná, de Rondônia, do Acre e de outros Estados brasileiros. A auditoria já está confirmada pelo governo da Coreia do Sul e tenho certeza que ampliaremos os negócios com eles”, disse Fávaro, em vídeo nas redes sociais, após finalizar a missão ao país.

Hoje, o Brasil não exporta carne bovina para a Coreia do Sul, enquanto a exportação de carne suína brasileira é restrita à proteína proveniente de Santa Catarina. Tanto a abertura para carne vermelha quanto a ampliação para a proteína suína são demandas antigas dos frigoríficos exportadores. Isso porque a Coreia do Sul permite somente a entrada de carne suína e bovina de áreas livres de febre aftosa sem vacinação – condição que Santa Catarina já obteve há anos. Recentemente, a Organização Mundial de Saúde Animal concedeu esse status aos Estados de Rio Grande do Sul, Paraná, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e de Mato Grosso, mas ainda falta o reconhecimento da condição pelas autoridades sul-coreanas.

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O ministro afirmou também que o país asiático reconheceu a regionalização para eventuais casos de gripe aviária em plantéis comerciais. O protocolo prevê que, em eventual contaminação do plantel comercial, apenas a produção do Estado fica restrita de ser comercializada e não a do País como um todo. “É um grande avanço e nos permite ter tranquilidade de continuar fornecendo à Coreia do Sul com muita fluidez”, disse Fávaro.