O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que as exportações de carne de frango de todo o Brasil estão suspensas para 24 destinos, enquanto outros 13 suspenderam as importações de frango proveniente do Rio Grande do Sul e outros restringiram as compras de um raio de 10 km do foco onde a gripe aviária foi detectada.

“As medidas de embargos são fruto de protocolos estabelecidos nas aberturas de mercados. De 160 países que o Brasil tem relação comercial, 128 mercados continuam plenamente abertos e sem restrições nem para o Rio Grande do Sul”, disse Fávaro, nesta terça-feira, 27, durante audiência pública da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado.

“A imensa maioria dos países não se manifestou contrária às exportações do frango brasileiro e reconheceu a força do sistema brasileiro”, acrescentou o ministro.

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As suspensões das importações de frango brasileiro ocorrem após a confirmação de um caso de gripe aviária em granja comercial em Montenegro (RS), em 15 de maio.

As suspensões temporárias e cautelares de compras de frango brasileiro de todo o território brasileiro, do Estado do Rio Grande do Sul, do município de Montenegro ou do raio de 10 km de onde o foco foi detectado estão previstas no protocolo sanitário acordado com o Brasil e os países importadores.

O ministro afirmou que a pasta está buscando a revisão dos protocolos para regionalização das restrições dos embarques em caso de doenças sanitárias, citando o acordo firmado com o Japão para regionalização do protocolo.

“Estamos prestando informações a todos os países. Agora temos de ter a paciência de passar pelos 22 dias finais do vazio sanitário para que possamos anunciar o Brasil livre de gripe aviária e avançar na repactuação com todos os países que restringiram”, disse o ministro. “Até lá não é recomendável que fiquemos pedindo a regionalização aos países”, afirmou Fávaro.

Entre os países importadores, o Brasil negocia a regionalização dos embarques com a Coreia do Sul. As tratativas estão em andamento. “É uma livre iniciativa da Coreia do Sul”, pontuou.

Sobre os impactos comerciais das suspensões às exportações, o ministro afirmou que não são “alarmantes”, já que o País exporta cerca de 30% do que produz e 70% é destinado ao mercado doméstico. “Haverá um direcionamento para o mercado interno, mas não é alarmante”, observou o ministro.