Brasília, 25 – O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o programa de recuperação de pastagens degradadas, em desenvolvimento pelo governo federal, será apresentado na 28ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-28). “Será levado como uma grande alternativa. Quando convertemos pastagem degradada que é emissora de gás carbônico em pastagem com tecnologia e grande área foliar há sequestro de carbono”, afirmou Fávaro a jornalistas nos bastidores do evento “Pré COP-28 Agropecuária Brasileira no Acordo do Clima”, realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Fávaro lembrou a meta do governo de converter 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade em áreas agricultáveis em dez anos, o que pode levar o País a dobrar a produção.

+Primeiro leilão de prêmios para estimular a comercialização de trigo será dia 31

“A integração lavoura-pecuária-floresta faz do Brasil um grande potencial de crescimento de produção, mas sobre áreas degradadas e não sobre a floresta”, acrescentou o ministro. “O Brasil é exemplo de produção sustentável com tecnologia, ciência e inovação e um grande exportador de segurança alimentar. A intensificação das áreas com responsabilidade garante a produção brasileira”, pontuou.

O ministro afirmou que o País terá altivez nas discussões durante a COP. “O mundo todo está preocupado com boas práticas ambientais, mas não deixaremos que façam disso restrições econômicas e comerciais. O Brasil sabe da sua responsabilidade, mas também sabe das suas potencialidades”, observou Fávaro, acrescentando que o Ministério reforça o posicionamento do setor produtivo quanto à COP-28.

Ele defendeu também que o mercado de carbono tenha parâmetros específicos para a agricultura tropical.