O presidente do Federal Reserve (Fed) de Richmond, Thomas Barkin, afirmou nesta quarta-feira, 9, que a instituição deve aceitar o risco de que a luta contra a inflação alta levará a uma desaceleração da economia, à medida que os aumentos das taxas de juros são “desafiados” pela poupança ainda alta do consumidor, os mercados de trabalho ainda estão apertados e os problemas na cadeira de suprimentos continuam.

Para o banqueiro central, o crescimento dos EUA está nitidamente desacelerando, mas o país continua criando empregos, sendo que ele prevê que a falta de trabalhadores deve continuar. “Empresários não estão totalmente preparados para uma recessão”, afirmou, durante Cúpula Econômica da Virgínia. Segundo ele, porém, a economia americana ainda não está em uma recessão.

Barkin garantiu que o BC americano fará o necessário para levar a inflação de volta à meta de 2%. “Não podemos deixar a inflação nem as suas expectativas aumentarem. Voltar ao cenário ‘normal’ da economia será um desafio”, destacou.

De acordo com Barkin, os EUA estão na parte final de alta da inflação, que começará a desacelerar. “Cadeias de suprimentos estão melhorando, mas a um ritmo lento e inconsistente”, ponderou. Por outro lado, para ele, estímulos ficais continuam se espalhando pela economia, o que aumenta as pressões inflacionárias. “Fed deve aceitar a política fiscal como algo dado”, ressaltou.