Entre os dias 16 a 19 de novembro, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, acontecerá a 12ª Feira Nacional do Camarão (Fenacam’15), considerada a maior do setor da carcinicultura na América Latina. Nesta edição, o evento reunirá mais de 40 conferencistas de diversos países, que proferirão palestras, todas com tradução simultânea. Além disso, um grande Festival Gastronômico dará um requinte especial à programação.

Para este ano, a Fenacam’15 tem como tema central: “Ciência e Indústria unindo forças para atender a crescente demanda de produtos aquícolas”. São esperados mais de 10 mil visitantes para discutir esse tema e demais assuntos de interesse da carcinicultura e da aquicultura brasileira e mundial. Na ocasião, também serão gerados negócios e parcerias, entre aquisição de equipamentos, insumos e produtos da ordem de R$ 100 milhões.

Setor
A carcinicultura marinha no Nordeste é a forte do país. O Ceará, por exemplo, é o maior produtor nacional de camarão cultivado e vem consolidando cada dia mais esse status, devendo fechar 2015 com uma produção de 50 mil toneladas, que representará 66,7% da produção brasileira (75 mil toneladas) projetada para 2015. Além disso, o volume de negócios que a atividade gerou no estado no ano passado foi de R$ 1 bilhão e deve fechar este ano na casa de R$ 1,2 bilhão, um crescimento de 20%.

O presidente da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC), Itamar Rocha, alerta que ainda há muito potencial na atividade a ser explorado no Brasil. “Já fomos líder da produtividade mundial de camarão cultivado em 2003, com 6.083 kg/ha./ano, tendo produzido (90,1 mil toneladas ) e exportado (58,4 mil toneladas) em 2003, ocupando o segundo lugar das exportações do agronegócio do Nordeste e o primeiro lugar do setor pesqueiro brasileiro.

No entanto, a título de traçarmos um paralelo de quanto poderemos crescer, vamos fazer uma comparação com o atual desempenho da carcinicultura do Equador, que possui a mesma linha de costa do Estado do Ceará (600 quilômetros), mas graças a um apoio governamental diferenciado, explorou 330 mil hectares de viveiros com cultivo de camarão marinho em 2014, utilizando terras improdutivas e águas salitradas, salobras ou salgadas, produziu 330 mil toneladas de camarão marinho cultivado, cujas exportações de 277,1 mil toneladas, geraram US$ 2,3 bilhões de divisas, valor esse, superior às exportações de todo o agronegócio do Nordeste no referido ano”, descreve o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC), Itamar Rocha. Fonte: Ascom.