A Ásia foi o destino de 50,6% das exportações brasileiras em julho, sendo só a China compradora de 37,9% do total exportado pelo Brasil. O resultado reflete o recuo na venda de industrializados, que vão principalmente para países como Estados Unidos, Argentina e integrantes da União Europeia, e o aumento na comercialização de agrícolas, embarcados principalmente para a Ásia.

O secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, disse que o aumento dos países asiáticos na pauta exportadora é “conjuntural”, não preocupa o governo brasileiro.

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“A Ásia tem participação importante na pauta de comércio de todos os países. No longo prazo, as exportações para a Ásia devem voltar a representar 30 a 40% da pauta, como historicamente”, afirmou

Ferraz ressaltou que o aumento ocorre porque a Ásia se recupera da crise econômica antes de países como EUA e União Europeia e que, no segundo semestre, as vendas de industrializados devem aumentar na esteira da recuperação desses destinos. “Ainda que o câmbio também ajude na exportação de industrializados, você precisa ter pra quem vender”, completou.

Além disso, os produtos alimentares sofrem menos oscilação com a queda de renda dos consumidores, o que é diferente no caso de produtos manufaturados.

O secretário disse ainda que o objetivo do governo no longo prazo continua sendo a maior inserção da economia brasileira e um aumento “equilibrado” nas importações e exportações. “Não existe grande exportador que não seja grande importador”, completou.